23 de November de 2024
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Che Guevara, um homem multidimensional

Che Guevara, um homem multidimensional

Havana, 14 jun (Prensa Latina) Para conhecer a fundo o guerrilheiro argentino-cubano Ernesto Che Guevara, que hoje comemora 95 anos, é preciso entendê-lo como um homem multidimensional, que dialogou muito com sua situação e tempo.

Assim o expressou à Prensa Latina o pesquisador do Centro de Estudos de Che Guevara, Disamis Arcia, que considerou fundamental compreender o momento histórico em que viveu Che, suas experiências e aprendizados graças às suas viagens à América Latina.

“Às vezes pensamos que Che sempre foi predestinado a tudo o que fez e não percebemos que são justamente todas as viagens que ele vai fazendo na prática, na teoria e na sua sensibilidade pessoal, que o levam a se juntar a Fidel (Castro) no México”, enfatizou.

Para os jovens cubanos, destacou, sua figura pode ser distante, já que nos espaços educativos formais de ensino fundamental e médio se concentram principalmente a participação do Che na luta guerrilheira em Cuba, algumas anedotas relacionadas ao seu tempo de dirigente e, sobre tudo, o fato de sua morte na Bolívia.

Ele indicou que a aproximação do jovem com a vida do guerrilheiro começa a partir da interpretação de outras pessoas, quando elas podem se aproximar de seus escritos e conhecer de perto um novo Guevara que pode ser uma referência ética, teórica e política.

Ele lembrou que desde os 17 anos, Che começou a fazer um dicionário filosófico, onde compilou uma série de conceitos e autores sobre temas que o preocupavam e dos quais queria construir uma visão ou compreensão.

A construção desse aparato teórico para entender o mundo foi concluída 10 anos depois, pouco antes de conhecer o líder histórico Fidel Castro e ingressar na luta revolucionária na ilha, disse.

Ele também destacou as histórias que Guevara escreveu em suas viagens pelo continente, que mais tarde se transformaram em um filme muito popular.

“No entanto, esses materiais que poderiam estar mais próximos dos jovens são desconhecidos, porque lá eles encontram um menino muito astuto, que presta atenção aos detalhes das situações humanas, tem sede de aventura e quer conhecer o continente latino-americano e nesse processo foi se aprofundando nos problemas da região”, disse ele.

Arcia refletiu que quando se trata de promover Che fora de seu contexto histórico, fruto do nada, os jovens têm dificuldade em entendê-lo e de se identificar com ele, pois não têm argumentos para entender as experiências de vida que o levaram a esse crescimento.

O pesquisador comentou que desde 1959 começaram as campanhas para desacreditar o Che e atualmente mantêm praticamente as mesmas linhas temáticas, visando deslegitimar o capital simbólico da revolução cubana.

Ele foi muito atacado, acrescentou, porque sua liderança transcendeu as fronteiras cubanas e teve conotações globais, devido à coerência de seu pensamento e à defesa do projeto de uma sociedade socialista.

oda/mks/cm

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