Um relatório da Confederação das Cooperativas Italianas (Confcooperative), publicado na quinta-feira pelo jornal italiano La Stampa, afirma que 3,8 milhões de funcionários na Itália recebem um salário anual de seis mil euros ou menos, o que é insuficiente para cobrir o alto custo de vida.
Maurizio Gardini, presidente da Confcooperative, destacou que 10,2% dos trabalhadores estão em situação de pobreza relativa, um número que sobe para 17,3 pontos percentuais para os trabalhadores de colarinho azul e para 18,3% nas regiões do sul.
“O Produto Interno Bruto (PIB) do país está crescendo mais do que o esperado, mas as desigualdades também estão aumentando”, disse Gardini.
O líder da confederação disse que, de 2005 a 2021, o número de famílias em pobreza absoluta mais do que dobrou, passando de 800 mil para 1,9 milhão, um fenômeno que afeta 5,6 milhões de pessoas e 7,5% das famílias.
A pobreza relativa afeta mais de 2,9 milhões de famílias, 9,4% do total e 8,8 milhões de pessoas no total, com uma proporção maior entre os mais jovens, de 17,4% na faixa etária de 18 a 34 anos e 22,0 pontos percentuais entre os menores de 18 anos, acrescentou a fonte.
mem/ort/bm