Numa mensagem publicada no Twitter, o Presidente afirmou ainda que se tratou de uma conversa franca, na qual transmitiu ao Sumo Pontífice “o profundo afeto e votos de plena recuperação do povo cubano” após a operação abdominal a que foi submetido no último dia 7 de junho.
“Abordamos a atual realidade cubana, em particular o grave impacto sobre nossa população do bloqueio econômico intensificado”, disse Díaz-Canel em sua nota, acrescentando que “confirmamos amplas coincidências em questões prementes da agenda internacional para a humanidade”.
Também “agradeci as vossas expressões de proximidade e encorajamento a favor do nosso país. Confirmamos a vontade de continuar a estreitar os laços entre a Santa Sé e Cuba”, concluiu.
O presidente da nação antilhana foi recebido em audiência às 10h00 locais pelo Santo Padre, e ambos mantiveram um agradável diálogo que durou cerca de 40 minutos, segundo fontes vaticanas.
Uma nota divulgada pela assessoria de imprensa da Santa Sé indica que, após seu encontro com o Papa, Díaz-Canel fez contato com o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado, do qual também participou o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodriguez.
Nesse encontro, ao qual esteve presente Daniel Pacho, subsecretário para o Setor Multilateral da Seção de Relações com os Estados e Organismos Internacionais do Vaticano, falou-se da importância das relações diplomáticas entre a Santa Sé e Cuba, evocando a visita histórica de São João Paulo II em 1998.
Foram também abordadas outras questões bilaterais, a colaboração entre ambos os Estados, bem como questões internacionais de interesse mútuo, “e foi sublinhada a importância de manter o compromisso de promover sempre o bem comum”, realça o texto.
Este foi o quarto contato entre Díaz-Canel e Francisco, o primeiro dos quais ocorreu em março de 2013, quando o governante, então primeiro vice-presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, assistiu à sua entronização como Papa.
Em setembro de 2015 voltaram a se encontrar por ocasião da visita apostólica do Sumo Pontífice a Cuba, e em fevereiro de 2016, durante o encontro entre o Santo Padre e o Patriarca de Moscou e toda a Rússia, Kirill, realizado em Havana. O presidente cubano chegou à Itália na tarde desta segunda-feira, acompanhado de sua esposa Lis Cuesta e de uma delegação que inclui o chanceler cubano e vários vice-ministros, e cumpre uma agenda intensa que inclui hoje um encontro com o presidente italiano, Sergio Mattarella .
Ele também se reuniu nesta terça-feira com empresários italianos, além de Qu Dongyu, diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
À tarde, também terá um encontro com os cubanos residentes neste país e membros de grupos de solidariedade, antes de partir à noite para a Sérvia, onde continuará um périplo que inclui a França, para participar nos dias 22 e 23 de junho da Cúpula para um novo Pacto Financeiro Mundial, como presidente do G77 + China.
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