Depois de percorrer as avenidas centrais desta cidade, os amigos colombianos de Cuba e conscientes da essência desumana dessa política do governo dos Estados Unidos, que remonta a mais de meio século, também exigiram que Cuba fosse retirada da lista espúria de países que patrocinam terrorismo.
Em carta que ficará arquivada na sede diplomática e dirigida ao presidente Joe Biden, eles lembram que “uma parte dos americanos acreditou em suas promessas de campanha sobre a mudança de política em relação a Cuba, incluindo a possibilidade de um retorno às políticas da presidência de Barack Obama, na qual o senhor foi vice-presidente”.
Consideram muito lamentável que o governo dos Estados Unidos continue influenciado pelo lobby anticubano que exerce pressão para aprofundar as medidas que geram enormes dificuldades para o fornecimento de medicamentos, a chegada de ajuda humanitária, o normal funcionamento dos serviços financeiros e o afluxo de turistas e investimentos de terceiros.
As limitações às viagens, ao envio de remessas e doações dos Estados Unidos têm consequências nefastas não só para quem vive na ilha, mas também para os cubano-americanos, sublinham.
Os membros do coletivo de solidariedade enfatizam que, apesar de todas essas limitações injustas, Cuba é um exemplo de solidariedade.
Eles detalham no texto que durante a passagem do furacão Katrina pelos Estados Unidos, Cuba foi um dos primeiros países a oferecer assistência médica com a brigada Henry Reeve.
“Estas brigadas desempenharam um papel vital em muitas partes do mundo onde ocorreram catástrofes e desastres naturais. Nos últimos anos, enfrentaram a pandemia de Covid-19 em mais de 40 países, sem exigir nada em troca”, recordam.
Eles destacam como uma façanha da ciência cubana o desenvolvimento de cinco vacinas próprias que salvaram sua própria população e imunizaram milhares de pessoas em outros países, no momento de maior intensificação do bloqueio devido às 243 medidas adicionais impostas por Donald Trump e que Biden poderia reverter.
Para o MCSC, é incongruente que Cuba permaneça na lista de países patrocinadores do terrorismo por apoiar o processo de paz do Estado da Colômbia com o Exército de Libertação Nacional e cumprir os protocolos assinados com o Estado colombiano na qualidade de garantia internacional.
Ele observa que Biden tem autoridade para revisar e retirar a designação de um país dessa lista.
O MCSC exorta “a desmantelar o sistema de sanções que continua afetando o povo cubano, a eliminar o bloqueio solicitado pela comunidade internacional que há trinta anos aprova, quase por unanimidade, a resolução cubana na Assembléia Geral das Nações Unidas de pôr termo a esta medida penal”.
Levantar as sanções incondicionalmente seria uma demonstração de decência e respeito pela autodeterminação dos povos, enfatiza.
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