Após três anos sem agendamentos devido à pandemia de Covid-19, os encontros anuais voltam a ser presenciais e desta vez em Brasília, onde participarão 150 representantes de 23 países.
O grupo de organizações e movimentos políticos vai discutir a integração entre os países do continente, a situação da política brasileira, redes sociais e fake news, anti-imperialismo, entre outros assuntos.
A edição vai homenagear Marco Aurelio García, um dos fundadores do fórum e do Partido dos Trabalhadores (PT).
García ocupou o cargo de assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais nos governos Lula (2003-2010) e Dilma Rousseff (2011-2016). Ele morreu em 2017, aos 76 anos, vítima de um ataque cardíaco.
Criado na década de 1990 a partir de uma convocação de Lula e do líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro, o fórum teve como objetivo primordial refletir sobre a queda do Muro de Berlim e os caminhos alternativos e autônomos a serem trilhados pela esquerdac na América Latina e Caribe.
Na sua estrutura funcional está o Grupo de Trabalho, que é formado por representações de 16 países, com reuniões periódicas, além de contar com três secretarias regionais: Cone Sul, com sede no Uruguai; Andino Amazónica, com sede provisória na Colômbia e Mesoamérica e Caribe, com sede em El Salvador.
A estrutura de articulação conta ainda com uma Secretaria Executiva, responsável por direcionar as decisões adotadas nas plenárias anuais, nas reuniões regionais e no Grupo de Trabalho.
Atualmente, a Secretaria Executiva está sediada em São Paulo e o PT ocupa essa função.
Os encontros anuais reúnem, além dos partidos filiados, convidados de movimentos sociais e organizações políticas de outros continentes.
Entre suas atividades estão as plenárias gerais, reuniões setoriais de Mulheres, Jovens, Afrodescendentes, Povos Originários, Rede de Fundações e Escolas, entre outras.
Da mesma forma, oficinas temáticas sobre Mídia, Luta Anticolonialista, Seminário sobre Governos Progressistas e Escola de Formação.
A partir de 2015, os partidos e organizações pertencentes ao fórum passaram a enfrentar um novo desafio diante dos fortes ventos da contra ofensiva neoliberal em praticamente todo o continente.
Em janeiro de 2017, o Grupo de Trabalho apresentou outro documento às partes integrantes, intitulado Consenso de Nossa América, no qual foi analisada toda a trajetória da organização e lançados novos debates e propostas.
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