Os assassinatos ocorreram na noite passada nos bairros de Siete Lagos e La Florida em meio à onda de insegurança no país e, em particular, nessa cidade, considerada uma das mais violentas da América Latina.
Em Siete Lagos, houve quatro mortos e 10 feridos, incluindo três menores que estavam participando de uma festa, enquanto o ataque em La Florida deixou seis mortos, de acordo com a Procuradoria Geral da República.
No crime ocorrido no primeiro dos bairros acima mencionados, a mídia local informou que três pessoas chegaram em um veículo, entraram na casa e abriram fogo contra os ocupantes do prédio onde supostamente havia venda de drogas.
O outro evento ocorreu durante uma comemoração em que os participantes estavam atirando para o alto e acendendo fogos de artifício, de modo que o som dos tiros foi confundido com pirotecnia.
Nos primeiros seis meses de 2023, foram registrados 1.255 crimes na chamada Zona 8 da província de Guayas, que inclui os municípios de Guayaquil, Durán e Samborondón, o que significa que quase sete pessoas são mortas todos os dias nessa área do país.
O Equador está passando por uma crise de insegurança que o governo atribui ao aumento do tráfico de drogas e às disputas entre gangues criminosas pelo controle do comércio de drogas.
O ano de 2022 encerrou com 25 mortes violentas por 100 mil habitantes, o número mais alto da história do país.
No entanto, esses números podem ser superados porque no primeiro trimestre de 2023 houve um aumento de 66% nos homicídios.
Diante da escalada da criminalidade, o governo do presidente Guillermo Lasso adotou medidas como autorizar civis a portar armas e permitir que a polícia e os militares atuem com todos os meios à sua disposição contra aqueles que consideram terroristas.
No entanto, especialistas e o público consideram que é necessária uma estratégia abrangente, com investimentos tanto para facilitar o trabalho das forças de segurança quanto para atacar as causas do problema, com mais emprego, saúde e educação.
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