“Rejeitamos categoricamente qualquer ação política ou militar que vise interferir no desenvolvimento normal das instituições e normas constitucionais de qualquer país”, afirmou o fórum em declaração de princípios para a Cúpula UE-Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), agendada para esta capital nos dias 17 e 18 de julho.
Paralelamente reunirá a Cúpula dos Povos, mecanismo tradicional dos movimentos sociais e das forças progressistas para garantir que a voz do povo seja levada em conta nos fóruns dos Chefes de Estado e de Governo.
Em sua declaração de princípios, pediu a condenação de campanhas de mídia destinadas a desestabilizar governos democraticamente eleitos.
A Celac conta entre seus membros nações que enfrentam a hostilidade dos Estados Unidos, como Cuba, Nicarágua e Venezuela, atacadas por medidas coercitivas unilaterais, enquanto os governos da Bolívia, Brasil e Colômbia lidam com cruzadas de ódio e ataques da extrema direita subordinada à interesses hegemônicos.
O texto assinado por mais de uma centena de organizações sociais, culturais, sindicais e políticas da América Latina, Caribe e Europa celebra os sinais do mundo em direção a um rumo multipolar e a retomada dos encontros UE-Celac, interrompidos desde 2015.
A Cúpula dos Povos expressou preocupação com a crise multidimensional que prevalece em escala global e a afetação díspar nos países de ambas as regiões.
Da mesma forma, destacou a necessidade da UE e as nações latino-americanas e caribenhas cooperarem, apostarem no multilateralismo e desenvolverem relações equilibradas e justas que enterrem qualquer tipo de colonialismo, baseadas no pleno respeito pela soberania e no princípio da autodeterminação.
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