Em carta assinada em nome dos mais de 4.500 integrantes daquele grupo, e em geral do povo italiano em solidariedade à Ilha, assinala-se que esta iniciativa legislativa está repleta de falsas declarações contra um país pacífico e democrático, na vanguarda do mundo em várias esferas sociais.
Cuba é “uma nação líder na defesa dos direitos humanos” e é totalmente falso o que afirma a Resolução 2023/2744 (RSP) que hoje se debate no Parlamento Europeu, onde essa nação é acusada de alegadas ligações com o terrorismo, narcotráfico e a desestabilização do continente latino-americano, argumentam.
“Esta falsa descrição da realidade está a serviço da política de ódio ideológico perpetrada por décadas pelos diferentes governos dos Estados Unidos, que mantêm um bloqueio econômico, comercial e financeiro genocida em detrimento do povo cubano há mais de sessenta anos”.
“É injusto incluir Cuba na lista de países que patrocinam o terrorismo porque os fatos comprovados a identificam inequivocamente como vítima do terrorismo” e também “é falso dizer que em Cuba o povo não participa das decisões fundamentais que afetam eles, porque isso acontece sempre”.
Destaca que o país caribenho “demonstrou repetidamente uma atitude sinceramente democrática nas eleições e referendos mais importantes, envolvendo os cidadãos até no processo criativo da própria legislação”.
A carta destaca a luta em Cuba contra a discriminação de gênero, a atenção às questões LGBTQ+ e relacionadas à família, bem como os avanços científicos a favor de seu povo, como evidenciado pela produção de várias vacinas contra a Covid-19.
Esta resolução anticubana é também “um ataque covarde dirigido aos mais altos cargos e órgãos da União Europeia (UE), um sinal inequívoco da arrogância de seus proponentes, ao acreditar que fazer acusações é uma condição suficiente e não requer o fardo de tentar”.
Anaic apela ao “reforço do acordo de diálogo político e cooperação” com aquele país, assinado pela UE em 2016, em linha com a ampla condenação das Nações Unidas ao bloqueio norte-americano, que inclui “medidas coercivas com efeitos extraterritoriais que violam o direito internacional e os princípios do livre comércio”.
“Cuba sempre demonstrou ao longo das décadas que representa o lado nobre da humanidade, exportando solidariedade em vez de armas”, afirma a carta, acrescentando que aquela nação está “aberta ao diálogo e sempre disposta a colaborar na busca de soluções pacíficas, rejeitando violência ou imposições armadas”.
“O mundo precisa de pluralismo, assim como precisa de um diálogo entre os países, baseado no respeito mútuo e na aceitação dos pontos de vista dos outros”, enfatiza o documento.
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