Ao discursar no evento “Juventude, sociedade civil e governos locais”, que acontecerá até amanhã na Maison de la Poste, a representante da ilha descreveu como o mais cruel ataque ao cerco econômico, comercial e financeiro aplicado por Washington contra a nação do Caribe há mais de seis décadas.
Nos afeta porque limita nossos projetos pessoais e profissionais; Definitivamente, os jovens cubanos viveriam melhor sem o bloqueio, declarou aplaudida a dirigente da União dos Jovens Comunistas.
Brossard partilhou com os participantes o cenário de um ressurgimento desta política estadunidense, com medidas que se manifestaram até de forma dura em plena pandemia de Covid-19.
Nas suas breves palavras, a delegada da ilha considerou importante o diálogo entre os jovens dos dois lados do Atlântico, para que se conheçam as suas lutas e desafios.
Viemos de uma região (América Latina e Caribe) desigual e vítima da colonização e de novas formas de agressão, por meio de campanhas midiáticas e políticas e tentativas de desestabilizar os países, alertou.
Sobre sua participação no fórum, um dos que antecedem a Cúpula de 17 e 18 de julho em Bruxelas entre a UE e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), Brossard apontou à Prensa Latina irregularidades na organização do encontro.
Acreditamos que foi organizado a partir de uma visão europeia, tentando dar à América Latina lições sobre o que é a sociedade civil e decidir quem participa ou não, mas mesmo assim os jovens cubanos conseguiram estar presentes e transmitir nossas mensagens, destacou.
Segundo a delegada da maior das Antilhas, é preciso insistir no contexto da III Cúpula UE-Celac que a América Latina e o Caribe são uma zona de paz e que as relações birregionais devem se materializar com base no respeito mútuo e igualdade.
Sobre sua denúncia contra o bloqueio estadunidense, Brossard explicou a importância de chamar a atenção em qualquer espaço possível para os danos que essa política causa a todo um povo, inclusive aos jovens.
Tínhamos que dizer aqui que este bloqueio viola nossos direitos humanos e que é muito difícil se desenvolver nas condições que ele impõe, disse.
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