Em declarações ao canal de notícias TVN, o diretor de Alfabetização do Ministério do Desenvolvimento Social (Mides), Carlos Contreras, indicou que desde o lançamento do projeto, em 2007, até o momento, 80.870 pessoas aprenderam a ler e escrever.
Segundo o responsável, a maioria dos alfabetizados são mulheres, enquanto as regiões com mais analfabetos são as comarcas e as de difícil acesso; portanto, eles são a prioridade mais alta.
Ele especificou que somente em 2023, cerca de 760 pessoas foram alfabetizadas e 4.754 aprenderam a ler e escrever nos últimos quatro anos.
“Isso tem sido conseguido com a formação de professores voluntários, que são filhos, filhas ou vizinhos desses iletrados. Para se alfabetizar, você não precisa sair de casa, pois o Mides disponibiliza equipamentos como televisões, DVDs, quadro magnético, cadernos e outros materiais. A única coisa que se exige do iletrado é entusiasmo”, comentou.
Atualmente 500 pessoas estão aprendendo em 163 ambientes, que são os locais onde as aulas são ministradas, com o apoio de 140 voluntários.
Contreras elogiou o fato de Felipa Ruiz, 104 anos, moradora das montanhas de Capira, ter demorado mais para cumprir a meta de se alfabetizar graças ao apoio da neta, já que era seu maior sonho antes de morrer.
O método cubano de aprendizagem permite que as pessoas aprendam a ler e escrever em sete semanas com 65 aulas ministradas em duas horas por dia, explicou.
O mais recente recenseamento da população habitacional revelou que se verifica uma diminuição das taxas de analfabetismo; já que o Panamá tem 3,7% de pessoas que não sabem ler nem escrever; Por isso, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) considera livres de analfabetismo os países que registram taxa inferior a cinco por cento.
Em 2010, segundo essas estatísticas, 148.747 pessoas não sabiam ler nem escrever e em 2023 são 123.674 nessa situação, o que mostra um desafio como país para atingir essa população.
jcm/ga/hb