Depois de um emocionante ato de apoio à ilha no dia anterior, com a participação de apoiadores belgas e residentes cubanos, o chefe de Estado começou a segunda-feira com uma reunião com o primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves.
Os líderes conversaram no contexto do início da Terceira Cúpula da União Europeia (UE) e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), da qual Gonsalves ocupa a presidência pro tempore.
Laços estreitos unem os estados insulares, com base em acordos de cooperação de longa data.
Díaz-Canel também conversou hoje com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, em uma reunião na qual destacaram a importância da implementação do Acordo de Diálogo Político e Cooperação entre a UE e Cuba, assinado em 2016.
Em sua conta no Twitter, o líder cubano disse que as partes expressaram sua vontade de continuar promovendo os laços econômicos, comerciais e de cooperação.
A agenda lotada continuou com a participação do presidente em uma reunião de alto nível da UE e do Caribe, antes do início da Terceira Cúpula Bi-regional.
A história dos países caribenhos aqui representados é marcada por séculos de colonialismo, escravidão e pilhagem e pela atual ordem econômica internacional injusta. Reconhecer essa realidade facilitará a compreensão de quem somos e quais são nossas aspirações”, disse ele.
De acordo com Díaz-Canel, o fórum representou uma oportunidade para avançar o diálogo político de alto nível, que deve ser traduzido em ações concretas para o benefício de nossos povos.
No final da tarde, aguardava-se a presença do dignitário na Cúpula dos Povos, um evento de movimentos sociais e forças progressistas da América Latina, do Caribe e da Europa, que acontece paralelamente à 3ª Cúpula UE-Celac.
A chegada do presidente em um dos auditórios da Universidade Livre de Bruxelas provocou uma recepção calorosa com slogans de apoio à maior das Antilhas e de condenação do bloqueio imposto pelos Estados Unidos.
Nesse espaço de militância em favor de causas justas, Díaz-Canel lembrou o líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro, e defendeu o direito do país caribenho de seguir seu próprio caminho.
Expressamos a convicção de que não baixaremos os braços nem nos ajoelharemos para pedir perdão por defender o direito de ser diferente, enfatizou ele no festival político-cultural que encerrou o primeiro dia da Cúpula dos Povos.
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