Detectada em um cachorro que vive no cantão (município) de Corredores, na província ocidental de Puntarenas, a bicheira também afeta outras espécies, como bovinos e equinos.
Seu ciclo de vida começa quando a fêmea adulta deposita seus ovos na pele do animal, eles eclodem e as larvas resultantes penetram na pele do animal. Uma vez lá dentro, eles se movem pelos tecidos e se alimentam deles.
A presença deste em bovinos causa prejuízos por se alimentar dos tecidos internos, principalmente dos músculos, podendo causar fraqueza, perda de peso e diminuição do desempenho do animal.
Especialistas do Serviço Nacional de Sanidade Animal (Senasa) explicaram que na Costa Rica a bicheira foi erradicada desde o ano 2000, portanto o caso descoberto é uma reintrodução da doença no país.
O chefe do Departamento de Epidemiologia do Senasa, Alexis Sandi, explicou à imprensa que a vigilância epidemiológica foi intensificada na fronteira sul do país onde foi detectado o surto e é mantida uma comunicação constante com o dono do animal.
Além disso, a circulação de animais na fazenda foi proibida e o tratamento foi aplicado ao animal infectado.
Há evidências de que já existem muitos casos relatados de bicheira no Panamá e que estão perto da Costa Rica, é importante tomar as medidas necessárias para colaborar com as autoridades da nação vizinha e impedir que ela entre no país, explicou Rafael Vindas, da Escola de Medicina Veterinária da Universidade Nacional.
O Panamá emitiu na semana passada um decreto de emergência devido ao aumento de casos naquele país, razão pela qual o Senasa reforçou as medidas de vigilância epidemiológica e instruiu o pessoal de campo a intensificar as ações nos postos de fronteira.
A entidade de saúde da Costa Rica instou as pessoas a informarem imediatamente as autoridades se detectarem produção ou animais domésticos infectados.
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