Em um comunicado assinado pelo ministro das Relações Exteriores da Nicarágua, Denis Moncada, e divulgado nesta capital, o governo sandinista destacou que a declaração foi anunciada de forma pomposa e enganosa.
Ele enfatizou que a UE, como costuma fazer, violou os procedimentos e mecanismos estabelecidos pelos órgãos democráticos e ignorou “as regras nas quais se baseia o funcionamento de nossas próprias entidades”.
Da Nicarágua livre e soberana, ratificamos nossa vocação de paz, baseada nas lutas que dignificam nossos povos e são uma força de vitória”, concluiu.
A Cúpula UE-Celac, que representa 60 países e cerca de um bilhão de habitantes, foi realizada durante dois dias em Bruxelas, na Bélgica, com a presença de mais de 50 chefes de Estado e de governo.
Ao discursar na reunião, Moncada exigiu a suspensão das medidas coercitivas e unilaterais injustas aplicadas contra várias nações, porque elas violam os direitos humanos.
O chefe da diplomacia nicaraguense enfatizou a necessidade de eliminar tais políticas se a UE realmente quiser fortalecer as relações birregionais.
Ele exigiu o cumprimento dos compromissos dos países desenvolvidos da UE para garantir a justiça climática e a política de reparações para compensar perdas e danos, além de promover a cooperação direta, respeitosa e incondicional.
Além disso, ele instou a UE a refletir e agir de boa fé com uma visão para o presente e o futuro, levando em conta os povos da Europa, América Latina e Caribe e outras regiões que anseiam por paz, segurança, estabilidade, progresso, desenvolvimento sustentável e relações respeitosas sem interferência.
rgh/ybv/glmv