O ministro das Relações Exteriores, Peter Sziijarto, considerou que a proposta do chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, de dar a Kiev 20 bilhões de euros em armas até 2027 só garantirá “um regime militar por anos”.
Por isso, é difícil pensar numa paz na Ucrânia, não só numa perspetiva imediata, mas também a longo prazo, confirmou o ministro das relações exteriores húngaro, num encontro com os seus colegas do bloco comunitário em Bruxelas, segundo indicou o canal de televisão dessa cidade.
Se fôssemos resumir o que foi discutido na reunião ministerial, ficaria claro que eles não querem a paz, comentou a manchete, referindo-se à reunião dos ministros de relações exteriores europeus.
Desta forma, estimou Sziijarto, a UE fala-nos de mais quatro anos de conflito na Ucrânia, iniciado em fevereiro de 2022, depois de o Presidente russo, Vladimir Putin, ter ordenado uma operação militar para proteger a população da região rebelde de Donbass.
Os últimos 500 dias mostraram que o confronto na Ucrânia não pode de forma alguma ser resolvido no campo de batalha e quanto mais armas forem enviadas para lá, mais baixas haverá, disse o oficial.
Por isso pedimos a Bruxelas, Berlim, Paris e Washington que tragam conosco a paz a um país vizinho, e não precisamente as armas, declarou o ministro húngaro.
Desde o início do conflito, as potências ocidentais forneceram à Ucrânia mais de US$170 bilhões em armas, incluindo tanques e mísseis de médio alcance, enquanto a possibilidade de entrega de aeronaves de combate está sendo discutida.
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