Estamos a funcionar normalmente, entusiasmados por termos tudo pronto, declarou a presidente do órgão responsável pelo processo eleitoral, Irma Palencia, numa entrevista esta manhã ao programa de rádio A Primera Hora, das Emisoras Unidas.
Quando questionada sobre a principal ameaça à segunda volta das eleições, descreveu a questão como complexa, uma vez que pode não haver uma resposta única, disse.
Excluiu qualquer ameaça direta que pudesse ser apontada desta forma, “mas é todo o contexto que temos”, observou a magistrada.
A série de acontecimentos das últimas semanas colocou-nos numa situação de instabilidade e temos de pensar no que se segue, reflectiu.
É só para podermos temer algo futuro, incerto, que não sabemos o que pode ser, talvez não seja, talvez não exista, mas em todo o caso pôs-nos em alerta”, advertiu a autoridade.
Quanto às rusgas da Procuradoria Especial contra a Impunidade, confessou que foram surpreendidos por toda a montagem para procurar um dossier, em referência à investigação sobre a constituição do partido Semilla.
Ele disse que, diante do que aconteceu e dos possíveis cenários que podem surgir, o Departamento Jurídico do TSE está trabalhando em algumas posições sobre o assunto.
É óbvio que esta questão deve ser analisada, mas não quero antecipar acções”, afirmou Palencia.
Diferentes organizações locais e internacionais condenaram o assédio do TSE, a perseguição de alguns dos seus membros e o objetivo claro de afastar Semilla da corrida política para a presidência.
Na véspera, realizaram-se protestos pacíficos em vários locais, em resposta a um apelo à greve nacional para exigir a demissão de altos funcionários do Ministério Público.
A situação é aparentemente calma nesta terça-feira e Sandra Torres, pela Unidade Nacional de Esperança, e Bernardo Arévalo, por Semilla, estão a intensificar as suas campanhas e falam mesmo em apresentar os seus respectivos gabinetes antes do escrutínio.
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