Um relatório do quarto ciclo de monitoramento de metas do Plano Nacional de Educação (PNE) mostra que a porcentagem de registros em tempo integral na web pública caiu de 17,6% em 2014 para 15,1% em 2021.
Com o esquema, a meta é atingir cerca de 3,2 milhões de registros nessa modalidade até 2026. A associação é opcional.
Como regra, as matrículas em tempo integral são consideradas aquelas em que o aluno permanece na escola por sete ou mais horas por dia ou 35 horas por semana em dois turnos.
O texto também prevê a assistência técnica e financeira do governo federal às redes de ensino, bem como a conversão da matrícula dos alunos de parcial para integral.
Para essa primeira etapa, os recursos serão transferidos levando-se em conta os padrões acordados, o valor da promoção e os critérios de equidade.
O governo planeja, para as próximas fases, a implementação de estratégias de assistência técnica nos sistemas educacionais para a adoção da educação em tempo integral.
Da mesma forma, estão previstas ações para a formação de educadores, diretrizes curriculares, promoção de projetos, entre outras.
As pesquisas mostram que o modelo de tempo integral reduz as taxas de evasão escolar, aumenta o número de empregos e aumenta o vínculo dos professores e alunos com a escola. Há até mesmo resultados que indicam uma redução nos homicídios entre os jovens.
Para a diretora da Associação Escola Municipal Aprendiz, Natacha Costa, a lei representa a retomada de uma agenda nacional para as escolas de tempo integral, já que o programa sofreu um declínio durante o governo de Michel Temer (2016-2018).
A iniciativa foi reduzida e depois descontinuada, e o ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022) “extinguiu o programa”, disse Costa.
Ele ressaltou que o governo federal, nesse período, decidiu investir apenas na “extensão da jornada escolar por meio do Novo Ensino Médio”.
De acordo com o especialista, essa política ganhou dimensão nacional pela primeira vez em 2007, com a criação do Programa Mais Educação.
Em 2014, o PNE estabeleceu uma meta de que 50% das escolas do gigante sul-americano deveriam oferecer educação em tempo integral.
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