“Teremos que decidir nas urnas: ou um governo de morte ou um de direitos”, disse em entrevista a Prensa Latina o candidato do movimento Revolução Cidadã 5 (RC5) a uma cadeira na Europa, Ásia e Oceania, que ela já ocupava quando o presidente Guillermo Lasso optou em maio por dissolver a Assembleia Nacional.
De acordo com a política, trata-se de escolher entre modelos opostos, um de violência, insegurança e nova onda migratória, legado do neoliberalismo representado por Lenín Moreno (2017-2021) e os dois anos da gestão Lasso, e outro em ao serviço das pessoas e garante de direitos.
A partir do RC5 propomos soluções para os grandes problemas do Equador para caminhar rumo ao progresso e ao bem-estar, enfatizou.
Nesse sentido, Cuesta lembrou que com a presidência de Rafael Correa, entre 2007 e 2017, o país sul-americano já havia percorrido um caminho de garantias e proteção dos direitos dos equatorianos dentro e fora do país.
Com a experiência acumulada daríamos continuidade a este processo, aprofundando-o, afirmou o candidato, que lembrou que o binômio presidencial para as eleições de 20 de agosto é constituído por Luisa González (presidente) e Andrés Arauz (vice-presidente).
O Equador sofre um evidente abandono, em escolas, universidades, rodovias e hospitais sem remédios, com desnutrição infantil e violência indiscriminada, denunciou.
Sobre a violência reinante, explicou à Prensa Latina que a taxa de homicídios fechará o ano em 34 por 100.000 habitantes, enquanto no ano passado foi de 26.
Para ilustrar o desafio, destacamos que durante os governos de Correa e da Revolução Cidadã este indicador se comportou de maneira muito diferente e, em 2016, a taxa ficou em cinco, bem longe da média da América Latina na época (17), acrescentou.
Da mesma forma, lamentou que a nação sul-americana esteja enfrentando uma nova onda migratória, um êxodo de seres humanos em condições muito mais precárias, diante do que chamou a atenção para o fato de que os equatorianos preferem arriscar suas vidas a aceitar a falta de oportunidades e acesso à saúde, à educação e a um futuro digno para seus filhos.
Para Cuesta, o país enfrentará em pouco mais de duas semanas um momento decisivo para o presente e o futuro de seus habitantes e dos que vivem no exterior.
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