“Temos indicações da presença de pelo menos dois outros vulcões que ainda não conseguimos mapear”, disse o professor Emanuele Lodolo em declarações publicadas no site Fanpage.it.
Os três grandes vulcões submarinos recém-descobertos, com uma altura de cerca de 150 metros, foram os últimos a serem identificados pelo Instituto de Oceanografia e Geofísica Experimental (OGS), em Trieste, no contexto de uma expedição científica internacional, coordenada em conjunto com a Universidade de Malta, diz a fonte.
Lodolo explicou que o trabalho continua a bordo do navio alemão Meteor, explorando o fundo do mar com um sistema de ecossonda Multibeam que permite um mapeamento batimétrico muito detalhado, e é provável que outras estruturas geológicas sejam identificadas.
“Se observarmos relevos com formas específicas nesses mapas, procedemos a estudos mais detalhados com outros instrumentos, como o magnetômetro, que é capaz de nos dizer se estamos na presença de rochas calcárias ou vulcânicas, indicando, assim, se estamos na presença de um vulcão submarino”, destacou o especialista.
“Elas são bastante extensas, com quatro a seis quilômetros de largura, localizadas em uma área do Estreito da Sicília entre a ilha de Linosa e a costa”, disse ele sobre as três recém-descobertas, especificando que a mais rasa está 40 metros abaixo do nível do mar, enquanto a mais próxima fica a sete quilômetros da costa.
O cientista esclareceu que esses três vulcões atualmente não apresentam fases eruptivas significativas, “embora tenhamos observado eventos hidrotermais, ou seja, o surgimento de fluidos e gases em suas proximidades”.
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