A sessão extraordinária do julgamento, que se prolongará até às 23h59 locais, da próxima sexta-feira, foi convocada para o dia 9 de agosto pela presidente do tribunal, ministra Rosa Weber.
Com a análise virtual, o STF decidirá se abre processo criminal contra os acusados de ações antidemocráticas.
Se as acusações forem aceitas, eles serão acusados e o processo poderá ser iniciado.
Nesses casos, haverá coleta de provas e depoimentos de testemunhas de defesa e de acusação.
Posteriormente, sem prazo para ocorrer, o STF irá classificar os réus. Segundo o tribunal, essas denúncias foram apresentadas em inquéritos do relator do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Uma investigação está à procura dos autores intelectuais e dos instigadores dos fatos, sendo a acusação de incitação ao crime e associação criminosa.
Outro indaga sobre os executores materiais dos crimes. As denúncias, que serão julgadas a partir de amanhã, envolvem delitos previstos no Código Penal como associação criminosa, extinção violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, ameaças, perseguições e incitação ao crime.
Os advogados e promotores puderam apresentar alegações orais até as 23h59, horário local, deste domingo.
Atualmente, 128 pessoas (115 homens e 13 mulheres) continuam detidas em consequência dos atos golpistas, das quais 49 foram detidas nos dias 8 e 9 de janeiro, após os episódios violentos, e 79 em operações policiais realizadas nos últimos meses. .
Em 8 de agosto, o STF concedeu liberdade provisória, com prisão preventiva substituída por medidas cautelares, a 72 réus da tentativa de golpe (25 mulheres e 47 homens).
De Moraes entendeu que, em razão do fim do inquérito processual, a soltura provisória desses presos não representa mais risco de prejuízo às investigações.
Entre as medidas cautelares estão a proibição de sair do país, entrega de passaportes, proibição de comunicação com os demais envolvidos, arrumação de casa à noite e nos finais de semana, por meio do uso de tornozeleiras, entre outras.
Sob gritos de intervenção militar e de rejeição à posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que venceu as eleições de outubro, apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e saquearam no dia 8 de janeiro as instalações do Congresso Nacional, o STF, e na capital, o Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo.
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