“Hoje é um dia importante, a industrialização chega a Villa Montes com o lançamento da pedra fundamental da nossa fábrica de extração de óleo vegetal e aditivos de macororó e pinhão-manso”, disse na véspera o presidente Luis Arce no início dos trabalhos.
Arce reiterou que este complexo exigirá o cultivo de 17.000 hectares de macororó, sendo que apenas para a fase de testes serão necessários 5.000, como parte da política de industrialização por substituição de importações do governo nacional.
Nesse sentido, o dignatário exortou os produtores a se empenharem no plantio dessas plantas que exigem pouca água a partir de agora.
Ele insistiu que é um trabalho muito necessário para promover o desenvolvimento produtivo do país e das áreas que chamou de “produtoras”.
A nova fábrica ocupará uma área de 7,2 hectares e terá capacidade para processar 200 toneladas diárias de macororó e pinhão-manso.
As autoridades estimam que a sua construção esteja concluída em maio de 2024, data em que poderá fornecer a matéria-prima necessária para sintetizar o biodiesel.
Arce lembrou que a região do Chaco como bastião energético se caracteriza por ser a reserva do gás boliviano, ao qual se soma agora sua condição de fonte fundamental na produção de biodiesel no país andino-amazônico.
No âmbito da sua política de industrialização com o objetivo de substituir as importações, o Governo do Presidente Arce prevê construir 130 fábricas até ao final de 2025 com um desembolso de 3,6 bilhões de dólares.
Durante o ato em Villa Montes, também foi anunciada a construção de um complexo de beneficiamento de pescado e outro de mel naquele povoado de Tarija.
“Três usinas merecidas porque vocês são produtores, a gente só entende as áreas produtoras para montar plantas industriais”, esclareceu o presidente.
Arce insistiu em sua intervenção perante os moradores sobre a necessidade de produzir macororó e jatropha, pois essa será a matéria-prima que os Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos exigirão para gerar biodiesel e deixar de importar combustíveis fósseis.
Segundo as autoridades, a nova planta industrial vai beneficiar mais de 1.100 produtores agrícolas deste território, com empregos diretos e indiretos, tanto na fase de construção como após o início das operações.
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