Essas restrições prejudicam seu acesso aos meios de subsistência e a serviços essenciais como a saúde e a educação, afirmou a agência em um comunicado divulgado pelo escritório de imprensa do secretário-geral António Guterres.
O OCHA documentou 645 obstáculos que restringem o movimento dos palestinianos nos seus próprios territórios na Cisjordânia, um aumento de oito por cento em relação ao último inquérito em 2020.
O Gabinete denunciou ainda que todos os obstáculos mapeados se encontravam dentro do território palestiniano ocupado e não na chamada Linha Verde.
O governo israelita é obrigado a facilitar a livre circulação dos palestinianos no território ocupado, incluindo Jerusalém Oriental, e apenas algumas excepções relacionadas com a segurança são reconhecidas pelo direito internacional.
Um relatório recente do Coordenador Especial para o Processo de Paz no Médio Oriente, Tor Wennesland, afirma que mais de 200 palestinianos e cerca de 20 israelitas foram mortos até agora este ano em resultado das hostilidades.
Estas taxas não só são mais elevadas do que as registadas em todo o ano de 2022, como também são as mais elevadas desde 2005 para o conflito.
Numa sessão recente, o Conselho de Segurança das Nações Unidas insistiu na necessidade de “restabelecer um horizonte político” para alcançar uma nova via de diálogo, mas tanto os peritos como o órgão reconhecem a fragilidade da situação palestiniana.
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