A Associação Afeto, organizadora do evento, destacou em boletim que as principais causas de entrada de meninas e meninos no sistema de proteção são a violência sexual e a negligência.
O anúncio foi feito por Aldeias Infantis SOS, ao apresentar os resultados de sua pesquisa “Implementação das diretrizes sobre modalidades alternativas de cuidado para meninos e meninas na Colômbia”.
Segundo o relatório da maior organização internacional de assistência direta a menores, presente em 136 países e territórios e aqui presente há mais de 50 anos, o principal motivo de ingresso é a violência sexual.
Na maioria dos casos, o suposto agressor, infelizmente, está no ambiente familiar; o segundo fator é a omissão ou negligência, muito associada a questões de total descaso em matéria de higiene, alimentação, crianças sem educação, crianças sem vínculo com a saúde, acrescentou. Como terceiro fator, apontou toda aquela negligência afetiva que tem a ver com aquele abandono na figura da puericultura, onde há falta absoluta ou temporária de cuidadores.
Em 10 anos (2012 a 2021), 109.723 meninas, meninos e adolescentes ingressaram no Processo Administrativo de Restauração de Direitos por violência sexual, e 56.509 por omissão ou negligência, detalha a investigação.
Uma das recomendações do estudo é que o financiamento dos serviços de proteção seja uma prioridade do governo, uma vez que o país gasta mais dinheiro na manutenção de uma pessoa privada de liberdade do que na manutenção de uma menina ou de um menino no sistema de proteção prisional.
No congresso que acontece em modo virtual, participam mais de 600 delegados da Colômbia, Cuba, Paraguai, Equador, Argentina e Peru.
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