A presidente do tribunal, Rosa Weber, é a relatora do caso.
Em 2017, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) entrou com uma ação pedindo a liberalização do aborto para mulheres grávidas com até 12 semanas de gestação.
A organização política contesta a criminalização do aborto, citada nos artigos 124 e 126 do Código Penal de 1940.
De acordo com o PSOL, a lei viola preceitos fundamentais de dignidade humana, cidadania, não discriminação, inviolabilidade da vida, liberdade, igualdade, proibição de tortura ou tratamento desumano ou degradante e saúde, entre outros.
Atualmente, o aborto é autorizado no Brasil em três situações.
Se houver risco de morte para a mulher como resultado da gravidez, se a gravidez tiver sido causada por estupro e se o feto for anencefálico (sem cérebro).
Weber deve se aposentar até 2 de outubro, quando completa 75 anos. Com o julgamento, a relatora apresentará seu voto, que deverá ser preservado mesmo após sua saída do tribunal superior.
No Supremo Tribunal, há uma expectativa de que um ministro possa solicitar uma audiência, ou seja, mais tempo para analisar o caso.
Isso deve interromper a análise da questão, que é considerada muito sensível.
O julgamento será em plenário virtual e os ministros podem inserir seus votos no sistema eletrônico até 29 de outubro.
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