Para a ocasião, funcionarão 100 mesas de trabalho com empresários de ambos os países, segundo o programa da reunião que se estenderá até amanhã e busca aumentar os laços econômicos e comerciais.
O presidente Nicolás Maduro disse ontem, na inauguração da Primeira Feira Internacional de Telecomunicações, que esta é a “maior rodada de negócios macro já realizada na história de nossos países”.
Ele revelou que 530 empresários colombianos vieram para comprar, vender, investir e importar, e 410 empresas venezuelanas, que também estão dispostas a vender, exportar, investir e fazer parcerias.
Durante a inauguração da reunião no dia anterior, foi assinado um memorando de entendimento entre o Instituto Marca País Venezuela e o Ministério do Comércio, Turismo e Indústria da República da Colômbia.
O embaixador de Bogotá em Caracas, Milton Rengifo, afirmou que a Venezuela e a Colômbia são um só país e destacou que o processo de reabertura das relações aprofundará o processo de integração e mencionou os feitos de Simón Bolívar, quando venezuelanos e colombianos se uniram em busca da glória.
Ele ressaltou que já existe um processo consolidado de integração entre os povos ao longo dos mais de dois mil quilômetros de fronteira.
Rengifo destacou que, mais cedo ou mais tarde, a Venezuela e a Colômbia terão que inovar administrativa e politicamente para permitir uma governança comum nessa área onde vivem 13 milhões de seres humanos.
A vice-presidente executiva Delcy Rodríguez reconheceu as contribuições dos presidentes Nicolás Maduro e Gustavo Petro, respectivamente, no processo de restabelecimento das relações bilaterais que levaram à abertura da fronteira.
Ele lembrou os sete anos, desde 2015, em que as relações entre Caracas e Bogotá foram interrompidas pela política de ódio, intolerância e degradação política e moral do ex-presidente colombiano Iván Duque (2018-2022), que ousou fechar o que é impossível: “a vida em nossa fronteira binacional”.
Em seu discurso, o Ministro do Comércio, Indústria e Turismo da Colômbia, Germán Umaña, pediu aos presentes que se levantassem porque foram “os venezuelanos, os colombianos, os empresários que tornaram esse futuro possível”.
Ele observou que a liderança dos líderes, silenciosa, prudente e inteligente, como a da Vice-Presidente Delcy Rodríguez, tornou possível esse processo, “difícil, complexo, com desconfiança no início”, mas aprendemos mais uma vez a confiar no que somos: “cidadãos binacionais de um único país”.
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