Até agora, Londres pretendia treinar cerca de 30 mil soldados ucranianos em bases britânicas, mas agora o Ministério da Defesa prepara-se para o fazer diretamente em território ucraniano, revela o jornal The Telegraph, que cita o chefe daquele departamento, Grant Shapps.
De acordo com os planos já analisados pelo comando militar do Reino Unido, Shapps apelou também à abertura de mais fábricas do complexo militar-industrial do seu país na Ucrânia.
Isto tem a ver, sobretudo, com o oeste da antiga república soviética, onde Londres supostamente pode ir além do simples treino de tropas, estimou o ministro da Defesa.
A publicação referia-se ainda a possíveis planos de envio da Marinha britânica para o Mar Negro, apesar das restrições à permanência de navios de guerra naquela bacia fora dos países localizados naquela região.
Para o jornal, uma presença direta das forças britânicas na Ucrânia significaria uma escalada do envolvimento britânico no conflito.
Em 24 de Fevereiro do ano passado, o Presidente Vladimir Putin ordenou uma operação de guerra para proteger a população da região rebelde de Donbass, que denunciou oito anos de genocídio em Kiev, bem como para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia.
Londres é um dos maiores promotores do rearmamento de Kiev, incluindo o envio de tanques Challenger, obuseiros, veículos blindados e drones no valor de cerca de dois bilhões de dólares, ao mesmo tempo que está entre as capitais que mais participa na guerra econômica contra a Rússia.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, denunciou em diversas ocasiões que a Organização do Tratado do Atlântico Norte está na prática envolvida num conflito com a Rússia, apenas que o faz com a utilização de tropas e equipamento de combate ucranianos.
A Rússia considera que as potências ocidentais, ao enviarem armas para a Ucrânia, apenas prolongam o confronto e contribuem para o aumento do número de vítimas.
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