Serão realizadas palestras em cinco localidades da província de Bizkaia, a partir de Sestao, no dia 2 de outubro, nas quais serão divulgados o trabalho e as conquistas alcançadas pela Fundação Um Mundo Melhor é Possível (Ummep), que dirige e executa o programa oftalmológico em solo argentino, informou hoje em seu site o meio digital espanhol Cubainformacion.com.
As palestras serão ministradas por Javier Motta, representante da Ummep, que explicará a atividade desenvolvida pela Fundação, especialmente na moderna clínica da cidade de Córdoba, construída com o apoio de sindicatos que basicamente financiaram sua construção, onde se realizam consultas e cirurgias de catarata.
Motta compartilhará com o público o processo que a Fundação está desenvolvendo, em coordenação com organizações e movimentos populares argentinos, no Centro Oftalmológico Dr. Ernesto “Che” Guevara, através da cooperação Sul-Sul de Cuba em seu país.
A Ummep iniciou na Argentina em 2003 a implementação de dois projetos de solidariedade concebidos por Cuba cujos eixos são a saúde e a educação, o programa de alfabetização Yo Sí Puedo e a Operação Milagre com o apoio de centenas de voluntários.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, existem 161 milhões de pessoas com deficiência visual em todo o mundo. Cinquenta milhões deles são cegos e este número está a aumentar seriamente em dois milhões e meio por ano.
Tendo em conta estas estatísticas, Cuba e Venezuela lançaram a Operação Milagre em Julho de 2004 com o objetivo de erradicar a cegueira evitável causada por catarata e pterígio na América Latina.
Este projeto de saúde foi implantado em 15 países latino-americanos; só na Argentina, mais de 50 mil pessoas foram operadas de forma satisfatória.
Paralelamente, a Ummpe promove o plano de alfabetização Yo Sí Puedo, baseado no ensino fundamental por meio de meios audiovisuais e ministrado por professores voluntários.
Desde o seu nascimento em 2003, mais de oito milhões de pessoas analfabetas tornaram-se alfabetizadas e quatro países da região (Venezuela, Bolívia, Nicarágua e Equador) conseguiram declarar-se livres do analfabetismo.
Na Argentina, mais de 33 mil pessoas adquiriram a capacidade de ler e escrever, e delas 50% continuaram seus estudos em escolas do sistema educacional formal.
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