“O procurador-geral está compilando cópias contra mim, com base em um interrogatório não legal no qual o interrogador de sua entidade faz perguntas sobre mim, o que é um verdadeiro golpe contra a constituição, já que sou um aforado, como senador na época e como presidente agora”, disse ele.
Descreveu como aberrante o fato de uma revista (Semana) ter publicado o interrogatório de seu filho, “quando a lei não permite a publicação desses documentos que foram irresponsável e criminosamente entregues a ele”.
Ressaltou que, de forma ainda mais aberrante, no interrogatório de seu filho Nicolás Petro, fala-se do financiamento de um evento supostamente pelo empresário Euclides Torres, realizado cinco meses antes do início de sua campanha eleitoral.
“Isso quer dizer que não está coberto pela lei de campanha eleitoral”, reagiu o governador por meio de seu perfil na rede X, antigo Twitter.
Petro questionou que nem o interrogador da promotoria nem o jornalista sequer pensaram em verificar a data do evento, para ver se aquele ato, a demonstração do “P” em Barranquilla, estava coberto pela lei de financiamento de campanha. Naquele evento, Petro caminhou sobre um gigantesco “P” construído na Plaza de la Paz e, na época, ele era senador da República.
“Diante da dimensão de um erro do interrogador do Ministério Público, o procurador-geral está enviando cópias para a comissão de acusação da Câmara sobre um fato que não é nada irregular”, alertou o governador.
Enfatizou que se tratava de uma reunião política, o que é um direito, e que não pertencia à campanha simplesmente por ter sido realizada cinco meses antes, disse Petro.
“Assim, completo oito anos de investigação permanente contra mim por promotores que buscaram me prender apenas para impedir que o progressismo sob minha liderança governasse o país”, disse Petro, que também denunciou a perseguição a outros líderes de esquerda.
Nesse caso, ele se referiu ao governador do departamento de Magdalena, Carlos Caicedo, depois que a Procuradoria Geral da República anunciou que realizará uma investigação para determinar se ele incorreu em alguma infração disciplinar relacionada à sua participação na política.
“Hoje, os órgãos investigativos e disciplinares escolhidos pelo governo anterior decidiram fazer tudo contra os líderes do progressismo. É a politização da justiça e do controle até o ponto do absurdo”, advertiu o primeiro chefe de Estado que representa as forças progressistas e de esquerda na Colômbia.
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