Os signatários, membros de diferentes parlamentos supranacionais e/ou da Assembleia Euro-Latino-Americana (Eurolat), querem enviar esta mensagem de apoio internacional a Luisa González, reflete o texto ao qual a Prensa Latina teve acesso.
O documento promovido pelo eurodeputado espanhol Manu Pineda (Grupo de Esquerda) e assinado por vinte parlamentares reflete o desejo de vitória do candidato à Revolução Cidadã num país que vive momentos difíceis na sua história contemporânea “A desigualdade, a pobreza e a insegurança atingem a maioria da população dura hoje depois que os governos desastrosos de Lenin Moreno e Guillermo Lasso, que atuaram apenas a serviço das elites econômicas, foram assolados pela corrupção e levaram a cabo políticas neoliberais de privatização, desregulamentação econômica e enfraquecimento do Estado”, avisaram.
Nesse sentido, consideraram especialmente preocupantes a violência generalizada que prevalece no Equador, bem como a criminalização e a perseguição política.
Segundo os signatários, este cenário, além de afetar gravemente o cotidiano dos equatorianos, impede o normal desenvolvimento da campanha eleitoral, especialmente para a Revolução Cidadã, “que sofreu o assassinato de vários líderes e uma tentativa fracassada de ataque contra seu candidato a presidente.
González foi o candidato mais votado no dia 20 de agosto no primeiro turno, com 33,61% dos votos, seguido por Noboa (Ação Democrática Nacional), com 23,47.
No dia 15 de outubro, dois modelos radicalmente diferentes serão avaliados nas urnas. Por um lado, a fórmula encabeçada por Noboa, um banqueiro apoiado pelos poderes de fato nacionais e internacionais, em quem vêem a garantia de continuidade das políticas neoliberais aplicadas por Lasso, e por outro, a fórmula de González e Andrés Arauz, eles enfatizaram.
Os parlamentares europeus e latino-americanos afirmaram que os representantes da Revolução Cidadã lideram um projeto político com capacidade para voltar a transformar o Equador numa referência na região em termos de igualdade, avanços sociais, progresso democrático, crescimento econômico e segurança.
Essas conquistas foram demonstradas durante os governos de Rafael Correa (2007-2017), destacaram.
A declaração expressa a preocupação dos signatários com o bem viver, a igualdade e o progresso, convencidos de que uma vitória de González no segundo turno significaria o início do fim de muitos anos de involução social, econômica e política da nação sul-americana.
O texto foi assinado por parlamentares da Argentina, Bolívia, Colômbia, Espanha, França, Grécia, Honduras, Irlanda, Panamá, Portugal e Uruguai.
“Unimos a nossa voz com uma mensagem de apoio: Vá em frente, camarada Luísa!”, disseram.
Lista dos signatários da declaração de apoio à candidata Luisa González:
– Manu Pineda, Izquierda Unida (Esquerda), Parlamento Europeu. Espanha – Amado Cerrud, co-presidente Eurolat. Eles falam. Panamá
– Julia Peire, Caucus Progressista do Parlasul. Frente para a Vitória. Argentina
– Ana Miranda, BNG (Verdes/EFA), Parlamento Europeu. Espanha
– Daniel Caggiani, Frente Ampla, Caucus Progressista do Parlasul. Uruguai
– Eugenia Rodríguez Palop, (Esquerda), Parlamento Europeu. Espanha
– Gloria Flórez. Pacto Histórico do Senador. Parlandino. Colômbia
– Stelios Kouloglou, Syriza (Esquerda), Parlamento Europeu. Grécia
– Alicia Lisseth Ticona, MAS IPSP, Parlatino. Bolívia
– Sandra Pereira, PCP (Esquerda). Parlamento Europeu. Portugal
– Nedis Adrian Licona. Grupo de Esquerda Parlacen. Honduras
– Sira Rego. Esquerda Unida (A Esquerda). Parlamento Europeu. Espanha
– Martha Ruiz Flores. AVANÇAR. Parlandino. Bolívia – Idoia Villanueva. Nós podemos (A Esquerda). Parlamento Europeu. Espanha
– Adolfo Mendoza, MAS, Parlandino. Bolívia
– Leila Chaibi. La France Insoumise (A Esquerda). Parlamento Europeu. França
– Elena Corrigida, Frente pela Vitória, Parlasur Progressive Caucus. Argentina
– Clare Daly, Independentes pela Mudança (Esquerda). Parlamento Europeu. Irlanda – Mick Wallace. Independentes pela Mudança (A Esquerda). Parlamento Europeu. Irlanda.
– Marina Medida. La France Insoumise (A Esquerda). Parlamento Europeu. França
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