Num comunicado, a vice-diretora da UNRWA, Jennifer Austin, lamentou a perda de cinco professores escolares da Agência, um ginecologista, um engenheiro, um conselheiro psicológico e três funcionários de apoio como resultado do conflito na Faixa de Gaza.
Alguns foram assassinados em suas casas com suas famílias, denunciou o representante. “O pessoal da ONU e os civis devem ser protegidos em todos os momentos durante o conflito”, sublinhou Austin ao apelar ao fim dos combates para evitar novas perdas de vidas civis.
Por seu lado, a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV) denunciou esta quarta-feira o assassinato de cinco dos seus funcionários em ambulâncias entre Israel e a Faixa de Gaza.
“A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho está arrasada ao confirmar a morte de cinco membros da nossa rede devido às hostilidades armadas em Israel e na Faixa de Gaza”, disse a FICV numa mensagem publicada em X.
Segundo aquela organização, os funcionários morreram no cumprimento do dever em dois incidentes distintos, quando as suas ambulâncias foram atacadas.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, rejeitou hoje a perda de vidas humanas de membros da organização que trabalham dia e noite para apoiar o povo de Gaza, disse à imprensa.
“Lamento profundamente que alguns dos meus colegas já tenham pago o
preço final”, acrescentou. As instalações das Nações Unidas e todos os hospitais, escolas e clínicas nunca devem ser atacados, sublinhou o alto representante.
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Chanceler palestino pede ao mundo que pare os ataques israelenses
Cairo, 11 out (Prensa Latina) O ministro das Relações Exteriores palestino, Riyad Al-Maliki, apelou hoje aqui para que o mundo pare a agressão israelense contra a Faixa de Gaza, onde se relata uma grave situação humanitária devido às bombas e ao bloqueio total imposto por aquele país.
Insistimos na necessidade de aumentar os esforços para parar os bombardeamentos e satisfazer as necessidades básicas dos habitantes daquele enclave, disse o responsável durante uma reunião de emergência da Liga Árabe para abordar a situação ali.
Lembramos à comunidade internacional que durante anos o presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, alertou sobre a violência e as provocações das forças israelitas, disse o Ministro dos Negócios Estrangeiros.
Al-Maliki acusou aquele país de rejeitar as conversações de paz e também a criação de um Estado palestino.
Após cinco dias de bombardeamentos, mais de mil palestinos foram mortos e outros cinco mil ficaram feridos naquela área, enquanto mais de 260 mil fugiram das suas casas para se refugiarem em instalações da ONU.
Além disso, a nação vizinha cortou o fornecimento de água, eletricidade, alimentos e combustível àquele território. Durante a escalada da violência, mais de 1.200 israelenses também perderam a vida, segundo dados oficiais.
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