Uma análise do Instituto Superior de Saúde (ISS) indica que a maioria das pessoas que contraíram a doença neste país reside na província de Lodi, na região norte da Lombardia, onde foram registradas até agora 28 infecções, e onde o os maiores esforços estão concentrados para tentar impedir a propagação do mal.

No entanto, os restantes 21 casos localizaram-se na região central do Lácio, embora dispersos em três províncias da mesma, 18 deles em Roma, distribuídos em diferentes zonas da capital, enquanto outros dois localizaram-se em Latina e o restante em Anzio.

Matteo Bassetti, diretor do Departamento de Doenças Infecciosas do Hospital San Martín de Gênova, afirmou em declarações publicadas no site de notícias digitais do canal de televisão Sky TG24 que “a causa do aumento das infecções é certamente climática”.

Por sua vez, Massimo Ciccozzi, epidemiologista do Campus Biomédico de Roma, afirmou que “o que pode nos preocupar é que até o momento 49 são casos autóctones e não casos de viagem, e isso significa que as mudanças climáticas em nosso país causaram um maior número de mosquitos portadores do vírus.

A transmissão do vírus da dengue nesta época é apoiada por condições climáticas favoráveis à proliferação do seu vetor, o mosquito tigre (Aedes albopictus), agora presente em grande parte da Europa.

Face a esta situação, o ISS recomendou a implementação de ações de controle, em caso de circulação viral, com base nas previstas no Plano Nacional de Prevenção, Vigilância e Resposta às Arboviroses (PNA) 2020-2025.

Foi orientada a eliminação de resíduos e recipientes que possam recolher mesmo pequenas quantidades de água, evitando todas as formas de estagnação da água, bem como a utilização nas zonas mais afetadas de meios de proteção individual, como repelentes, calças e camisas de manga comprida, além de colocar mosquiteiros nas janelas.

O relatório afirma que ainda estão em curso investigações para verificar possíveis ligações epidemiológicas e especifica que “todos os casos em que a evolução clínica é conhecida recuperaram ou estão a melhorar”.

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