No âmbito deste reforço, o porta-aviões Gerald Ford (CVN-78) e o seu grupo de escolta composto por um cruzador e quatro destroyers chegaram ao Mediterrâneo oriental, enquanto outros grupos se preparam para chegar à região nos próximos dias.
De acordo com o Departamento de Defesa, o CVN-78, com as suas oito esquadras de ataque aéreo e de apoio, é escoltado por um cruzador de mísseis e por quatro destroyers de mísseis.
Além disso, a Casa Branca confirmou, na passada quarta-feira, que o grupo de ataque do porta-aviões USS Dwight D Eisenhower (CVN-69) partiu da Base Naval de Norfolk, na Virgínia, a 14 de outubro, para o Mediterrâneo, a fim de, segundo a fonte, “impedir qualquer envolvimento iraniano no conflito”.
O porta-aviões é escoltado por um cruzador e três destroyers, todos com capacidade de lançamento de mísseis, trazendo para a região novas capacidades de defesa antiaérea e antimíssil a favor do invasor israelita.
De acordo com a ABC News, funcionários da administração de Joe Biden afirmaram no sábado que o objetivo é que estes grupos actuem “como um dissuasor para outros países que desejem potencialmente participar no conflito entre Israel e o Hamas”.
Entretanto, o comando militar dos EUA decidiu enviar caças F-15, F-16 e A-10 para a zona de conflito numa base acelerada.
Segundo o general Michael “Erik” Kurilla, chefe do Comando Central (o comando militar responsável pelo Médio Oriente), a chegada destes meios é um forte sinal de dissuasão, caso algum “ator hostil” a Washington queira tirar partido da situação atual.
Relatos de várias publicações norte-americanas, incluindo o The New York Times e o Stars and Stripes (este último especializado em assuntos militares), dão conta da transferência de tropas das Forças de Operações Especiais (SOF) para Israel e para bases europeias dos EUA.
De acordo com o jornal britânico Daily Mail, os 2.400 membros da 26ª Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais (MEU) dos Estados Unidos – que também fazem parte das SOF – estão a ser destacados para o Médio Oriente.
Além disso, outras unidades foram colocadas em alerta num “país europeu” próximo do Médio Oriente. Entre elas estão elementos da Força Delta do Exército, que já efectuou missões de resgate de reféns anteriormente.
Também na área está o Sexto Grupo de Seals da Marinha dos EUA (Seals Team 6), cujos elementos participaram na aniquilação de Osama bin Laden em 2011 na Operação Neptune’s Spear.
Tudo isto é acompanhado de uma verdadeira ponte aérea para Israel a partir do continente norte-americano e de bases militares na Europa com munições e armamento urgentemente solicitados pelo regime de Telavive.
Especialistas consultados pela Prensa Latina concordam que este movimento de tropas – até agora limitado – poderia ser o prelúdio de uma participação mais ativa das forças armadas norte-americanas na agressão de Israel contra os territórios palestinianos, particularmente em Gaza e zonas adjacentes.
A mais recente vaga de violência teve início a 7 de outubro, quando milicianos do Movimento de Resistência Islâmica atacaram Israel, matando mais de 1300 pessoas, naquilo que afirmaram ser uma resposta à escalada de crimes israelitas contra o povo palestiniano.
Como ato de vingança, Israel deu início a uma série de bombardeamentos indiscriminados na Faixa de Gaza sem precedentes na história deste conflito, o que resultou numa verdadeira catástrofe humanitária.
Desde o início da incursão punitiva no território, as FDI lançaram mais de seis mil bombas, pesando mais de quatro mil toneladas.
Neste contexto, desde a semana passada, o secretário de Estado norte-americano Anthony Blinken está a conduzir uma intensa campanha diplomática em várias capitais de países árabes considerados “não hostis” a Washington.
Esses alvos potenciais, dizem os peritos, podem incluir um aumento dos ataques aéreos e com foguetes contra a Síria e as organizações palestinianas que, de uma forma ou de outra, apoiam ou participam na resistência ao extermínio de Israel que dura há décadas.
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