23 de November de 2024
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Médicos panamenhos iniciam greve em rejeição a contrato de mineração

Médicos panamenhos iniciam greve em rejeição a contrato de mineração

Cidade do Panamá, 25 out (Prensa Latina) A Associação de Médicos, Dentistas e Profissionais Afins do Fundo de Seguridade Social (Amoacss) inicia hoje uma greve de 72 horas em rechaço ao contrato assinado entre o Governo e a Minera Panamá.

No comunicado, este grupo indicou que a duração da greve pode ser prolongada.

Na opinião deste grupo, a nova lei 406 foi aprovada com “tambores batendo”, ao mesmo tempo que apela aos pacientes para que evitem deslocar-se às unidades de saúde, a menos que seja uma emergência.

“Devemos priorizar os escassos suprimentos no cuidado dos feridos nesta luta”, disse Amoacss no seu discurso.

Na véspera, em meio às crescentes manifestações de organizações sociais e ambientais que exigem a revogação deste pacto com a subsidiária da transnacional canadense, First Quantum, e uma mensagem à nação do Presidente da República, Laurentino Cortizo, em defesa do texto, a Alianza Pueblo Unidos por la Vida anunciou uma marcha cívica amanhã em direção à sede do Executivo para apresentar essa reivindicação.

Ao apresentar a nova ação, o secretário de Convergência Sindical e um dos porta-vozes desse grupo, Eduardo Gil, convocou toda a família panamenha, estudantes, donas de casa, trabalhadores, indígenas, camponeses a se unirem à demanda pela revogação do pacto que é prejudicial à soberania e patrocinada por governantes e deputados vende pátria.

Gil também exortou a Polícia Nacional e as suas unidades anti-choque a absterem-se de reprimir manifestantes pacíficos, como tem acontecido até agora em vários pontos do país, resultando em feridos devido ao uso de spray de pimenta, chumbinhos e armas convencionais, segundo o que ele denunciou.

A caminhada partirá amanhã, quinta-feira, às 16h00 locais, do emblemático parque Belisario Porras, nesta capital, em direção ao Palácio de las Garzas (sede do Executivo) para rejeitar também a mensagem arrogante que o presidente dirigiu em defesa do contrato leonino e que gerou mais indignação.

Gil indicou que as medidas de pressão nas ruas como o encerramento de estradas, concentrações populares e comícios vão continuar até que o Governo revogue este pacto, declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal de Justiça em 2017.

jha/ga/cm

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