Mais de 50 palestrantes falarão nesta quarta-feira, quando o fórum se reunir pela trigésima primeira vez para analisar o impacto do cerco imposto à nação caribenha e considerado o principal obstáculo ao seu desenvolvimento. A proposta, elaborada de acordo com a resolução 77/7 da Assembleia Geral e intitulada “Necessidade de acabar com o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba”, será votada pelos Estados membros na quinta-feira.
Além disso, nesse dia falará no fórum o ministro das relações exteriores cubano, Bruno Rodríguez.
O projeto, apresentado em outubro pelo responsável pelas Relações Exteriores, estima os danos causados por esta política entre 1 de março de 2022 e 28 de fevereiro de 2023 na ordem de 4,867 bilhões de dólares.
No total, os prejuízos econômicos com base nos preços correntes ascendem a 159,084 bilhões de dólares, e mais de 1,337 trilhão, tendo em conta o comportamento do dólar face ao valor do ouro no mercado internacional.
Os efeitos do compêndio de medidas ultrapassam os 405 milhões por mês, o que equivale a um milhão de dólares a cada duas horas.
Segundo o texto, o período incluído foi marcado pela aplicação contínua e deliberada das disposições de pressão máxima estabelecidas durante o governo de Donald Trump (2016-2020) e pela vigência das leis que compõem este sistema de medidas coercivas unilaterais.
Ao mesmo tempo, a política em relação a Cuba confirmou a inércia e a imobilidade do atual Governo do Presidente Joe Biden para promover um progresso real nas relações bilaterais entre Cuba e Estados Unidos.
Desde 1992, a comunidade internacional ratificou a rejeição desta política, reforçada a níveis sem precedentes durante o impacto da Covid-19 com o claro propósito de estrangular a economia do país para provocar uma mudança de regime.
Em 2022, a resolução apresentada por Cuba foi aprovada com 185 votos a favor e dois contra (Estados Unidos e Israel).
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