Ontem, no dia da abertura na sede do Parlamento Europeu em Bruxelas, o Ministério Público apresentou a sua argumentação no processo, seguida dos depoimentos de testemunhas, que denunciaram com casos concretos os danos que Washington causa à ilha e as consequências para as empresas e cidadãos doe terceiros.
Entre os depoimentos, físicos ou por mensagens de vídeo, estavam os de mães cubanas de crianças com câncer, sobre as dificuldades que o governo enfrenta para adquirir medicamentos essenciais no tratamento de seus filhos.
Vinda dos Estados Unidos, a organização Puentes de Amor partilhou com o tribunal internacional os obstáculos no seu trabalho humanitário, enquanto a associação francesa CubaCoop explicou como é difícil devido ao bloqueio transferir dinheiro à nação antilhana para realizar projetos de cooperação para desenvolvimento socioeconômico local.
Por seu lado, os empresários espanhóis e italianos criticaram a política de cerco aplicada por Washington, que além de sufocar a economia da ilha, aumenta os custos das suas atividades comerciais, provoca o encerramento de contas e ataca gravemente a competitividade.
O juiz principal do caso, o especialista alemão em Direito Internacional Norman Paech, anunciou que o tribunal convocado por organizações políticas, sociais e jurídicas da Europa e dos Estados Unidos procurará identificar se o bloqueio viola leis internacionais e quais são transgredidas com seu alcance extraterritorial.
Analisaremos aqui se os Estados Unidos cumprem ou não os princípios da coexistência pacífica, os direitos humanos, o Direito Internacional, os acordos da Organização Mundial do Comércio e as Leis da União Europeia, acrescentou.
Os participantes no julgamento mostraram a sua confiança numa condenação contundente do bloqueio e na sua força moral e política, uma vez que não é vinculativo.
A deliberação dos magistrados e a leitura da resolução do processo estão marcadas para hoje.
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