Por ocasião do Dia de Eliminação do Cancro do Colo do Útero, a Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou que nos últimos anos houve um aumento na vacinação contra o papilomavírus humano (HPV).
Nesse período, a cobertura global de raparigas que receberam pelo menos uma dose da vacina contra o HPV aumentou para 21 porcento em 2022, superior pela primeira vez aos níveis anteriores à pandemia de Covid-19, embora a agência de saúde tenha alertado que ainda há mais detecção e tratamento do câncer cervical.
O Diretor-Geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que com estratégias melhoradas para aumentar o acesso à imunização, rastreio e tratamento, um forte compromisso político e financeiro dos países e um maior apoio dos parceiros, pode tornar a eliminação dessa doença uma realidade.
Desde o lançamento da Estratégia Global para acelerar a erradicação da doença como um problema de saúde pública, há três anos, 30 outros países, incluindo alguns com grandes populações e carga de cancro do colo do útero, como o Bangladesh, a Indonésia e a Nigéria, introduziram a vacina contra a doença HPV.
Até à data, 140 países fornecem imunógeno contra o HPV nos seus programas nacionais de imunização, observou a OMS.
Se este ritmo for mantido, o mundo estará no caminho certo para cumprir a meta de 2030 de disponibilizar as vacinas contra o HPV a todas as raparigas em todo o mundo, afirmou aquela instituição.
A OMS, em colaboração com diversas entidades, iniciou esforços sistemáticos para recuperar o atraso nas campanhas de vacinação, interrompidas pela pandemia de Covid-19, e atingir a meta de cobertura de 90 porcento.
Vários países estão também a investir na melhoria do acesso ao rastreio em todo o mundo, com os Ministérios da Saúde de 14 países de baixo e médio rendimento a atingirem a marca de rastreio de mais de 1 milhão de mulheres.
No entanto, a OMS afirmou que, na maioria dos países, as mulheres diagnosticadas com cancro do colo do útero ainda necessitam de melhor acesso à cirurgia, radioterapia, quimioterapia e cuidados paliativos.
Além disso, apenas 65 porcento dos países incluem serviços de rastreio desta doença e 69 porcento incluem radioterapia para o seu tratamento em pacotes de benefícios como parte de planos de cobertura universal de saúde.
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