O documento, divulgado por meios de comunicação como a France Inter, mostra que, entre 2003 e 2023, a proporção da população que se declara “nada racista” aumentou de 30 para 60%, e aqueles que acreditam que “idealmente, as mulheres devem ficar em casa para criar seus filhos” caíram pela metade, de 40 para 20%.
De modo geral, embora apresente resultados preocupantes, o novo relatório sugere uma sociedade menos racista, sexista e homofóbica.
Quanto à homossexualidade, 85% das pessoas pesquisadas pelo Observatório de Desigualdades a consideram “outra forma de viver a sexualidade”, em comparação com 76% que expressaram essa posição há 20 anos.
No entanto, a violência ligada a posições discriminatórias não recua em solo francês, ilustrada por ações e reclamações da polícia. A France Inter relata que a polícia e a Gendarmerie registraram 12.500 crimes e ofensas racistas no ano passado, um número que aumentou nos últimos cinco anos, de acordo com o Ministério do Interior.
Também foram registrados 2.400 atos de natureza criminal contra a comunidade LGBT em 2022, o dobro do número registrado cinco anos antes.
Um elemento a ser observado é que as condições atuais para sair do silêncio e denunciar esses crimes são muito melhores do que no passado.
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