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Frankenstein e o mito da criação

Frankenstein e o mito da criação

Londres, 3 jan (Prensa Latina) Mais de dois séculos após sua publicação, Frankenstein, da narradora britânica Mary Shelley, obra pioneira no gênero de ficção científica, perdura até hoje como um dos romances mais conhecidos da literatura universal.

Frankenstein ou o Prometeu moderno, título completo da obra, foi publicado em 1818, mas a ideia começou a tomar forma em 1816, a partir de um concurso literário proposto pelo escritor britânico Lord Byron quando este estava com alguns amigos na Villa Diodati na Suíça.

Segundo a historiografia, o criador propôs aos seus companheiros Mary Goodwin (nome de solteira da autora), ao poeta Percy B. Shelley, John Polidori e Claire Clairmont (meia-irmã de Mary) que cada um escrevesse uma história de terror.

Dos quatro, apenas Polidori completou a história, apresentando O Vampiro, a história de um aristocrata sedutor que drena todas as mulheres que caem em suas redes de sangue, precursor do Drácula de Bram Stoker, mas Mary teve uma ideia que mais tarde se tornaria uma referência do romance de terror gótico.

A obra teve três versões, a primeira escrita em 1816, a segunda, datada de 1817, com a colaboração de seu marido Percy Shelley e publicada em 1º de janeiro do ano seguinte, e a terceira e última em 1831.

O drama gira em torno de Victor Frankenstein, um jovem cientista que cria uma criatura de aparência monstruosa a partir de restos humanos, que ele então rejeita e abandona.

Ela procura que seu pai repita a experiência e lhe dê uma companheira, porém, o jovem se recusa, o que faz com que sua criação comece a persegui-lo e torturá-lo, responsabilizando-o por seu infortúnio.

Nascido no período da Revolução Industrial na Inglaterra, Frankenstein aborda temas como a moralidade científica, a criação e destruição da vida, a relação com Deus e a busca pela identidade, criando paralelos entre o cientista e o mito grego de Prometeu, daí o subtítulo que acompanha a obra.

O romance também marcou o cinema e a arte, cujas peças tentaram captar a atmosfera criada por Shelley.

O filme Frankenstein (1931) configurou a figura que todos conhecem hoje do monstro: sua cabeça quadrada, sua cor irreal, os parafusos no pescoço e seu andar complicado.

O ator britânico Boris Karloff ficou encarregado de dar vida à criatura, papel que repetiria em A Noiva de Frankenstein (1935) e Filho de Frankenstein (1939).

Desde então, a obra tem sido fonte de inspiração para diversos cineastas. O diretor mexicano Guillermo del Toro começou a filmar um novo filme do personagem para a plataforma digital Netflix, com os atores Oscar Isaac, Andrew Garfield, Christopher Waltz e Mia Goth.

O que Mary Shelley escreveu em Frankenstein é tão relevante hoje como na época da sua publicação, um aviso claro sobre os perigos da criação descontrolada, da arrogância, do complexo de Deus e dos dilemas éticos que isso pode trazer.

oda/mml/les/cm

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