Será nas oitavas de final da Copa del Rey, com apenas um jogo e com muita rivalidade por “vingança” para o Atlético de Madrid, duplamente lesionado frente ao seu amargo adversário da capital espanhola, o Real Madrid.
No ano passado, nas quartas de final, os colchoneiros do argentino Diego Cholo Simeone perderam na prorrogação por 13 a 1 para os merengues do italiano Carlo Ancelotti.
Uma partida com polêmica na arbitragem e mais uma reviravolta do Real Madrid, com empate do brasileiro Rodrygo aos 79, após gol de Álvaro Morata aos 19; gol do francês Karim Benzema aos 103 e finalização de outro Canarinho, Vinicius aos 121.
Acontece que na última quarta-feira, também na prorrogação, a “casa branca” voltou a conseguir uma reviravolta emocionante na primeira meia-final da Supertaça de Espanha, ao derrotar o Atleti por 5-3.
Foi de cabeça por Mario Hermoso fez o 1 a 0 a favor dos colchoneiros. A resposta da “casa branca”, também de cabeça pelo alemão Antonio Rudiger, aos 20, e uma joia do francês Ferland Mendy de calcanhar na área deram a volta ao jogo.
No entanto, o empate veio através de um gol lindamente elaborado aos 37 minutos pelo francês Antoine Griezmann, e aos 78 minutos por Rudiger em uma jogada confusa com Alvaro Morata e o goleiro Kepa para fazer o 3-2.
Quando tudo parecia definitivamente uma alegria para o Atleti, o empate veio após uma sucessão de chutes e a vitória de Dani Carvajal pelos merengues aos 85. A prorrogação deixaria claro que o Real Madrid era o melhor e assim, aos 116, em outro jogador de área, Joselu Mato fez o 4-3 para os brancos.
Seria necessária uma corrida de alta velocidade e precisão no chute de longa distância para o gol vazio do ascendente Brahim Díaz, para vencer o goleiro esloveno Jan Oblak aos 122 minutos, que se deslocava para a área rival em busca do empate.
– CONTA LIMPA E NOVA
Com mais dias de descanso e descontração, desde que o Real Madrid venceu a final da Supertaça de Espanha por 4-1, no último domingo, contra o Barcelona, as forças de Simeone querem mudar a imagem e partir com tudo para a Taça do Rei.
Alguns especialistas consideram que é, de fato, o único título ao alcance do Atleti, distanciado 11 pontos do Girona e 10 do Real Madrid na LaLiga e com poucas hipóteses de avançar na Liga dos Campeões.
Apelará mais uma vez às excelentes atuações ofensivas de Morata e Griezmann, talvez com alguma ajuda do argentino Angel Correa e do holandês Memphis Depay, embora o problema básico a resolver seja a contenção no meio-campo e o bloqueio na linha de zaga, que não funciona.
Além da aposta segura no esloveno Oblak no gol, Simeone terá de apostar no uruguaio Giménez, no belga Witsel ou no montenegrino Savic na defesa, com o apoio do argentino Nahuel Molina e do brasileiro Lino como laterais mais recuados.
Na frente, Ancelotti não parece ter surpresas. O ucraniano Lunin retornará sob as três traves, com Nacho e Rudiger como zagueiros, Carvajal e Mendy nas laterais, e o famoso diamante no meio-campo com o alemão Kroos, o francês Tchouameni, o inglês Jude Bellingham e o “a prova de fogo” uruguaio Valverde.
Na frente, os “papa-léguas” Rodrygo e Vinicius, e na reserva ninguém menos que outros jogadores rápidos e versáteis, Brahim Díaz e Eduardo Camavinga.
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