O vice-presidente cubano, Salvador Valdés Mesa, durante a Terceira Cúpula do Sul, afirmou que para Havana foi um motivo de grande orgulho e honra presidir pela primeira vez o G-77 e a China.
“Estamos em condições de um bloqueio econômico, comercial e financeiro criminoso, recrudescido, desde a segunda metade de 2019, a uma dimensão extrema, mais cruel e desumana”, enfatizou.
Nesse sentido, agradeceu profundamente a posição firme do Grupo em contraposição às medidas coercitivas unilaterais que se aplicam contra vários de seus membros, incluindo o injusto bloqueio imposto ao povo cubano por mais de 60 anos.
De igual modo, expressou seu apreço ao sistema das Nações Unidas e à Secretaria do G77 e à China pelo apoio prestado durante o mandato de Cuba à frente do Grupo.
“Entregamos hoje a Presidência à irmã Uganda, conscientes do momento histórico que nos tocou viver e do muito que nos falta por fazer para o bem-estar e o desenvolvimento de nossos povos. Poderá contar sempre Uganda com o respaldo total e o apoio de Cuba. Desejamos os maiores sucessos”.
Afirmou que Cuba apostará sempre pela defesa da unidade dentro de nossa rica diversidade. Unidos, em posse dos legítimos interesses e aspirações de nossos povos, seremos mais fortes e nossa voz será ouvida.
Por outro lado, pôs em consideração às delegações para o debate, e acompanhando as questões abordadas na cúpula de Havana em setembro passado, apresentar à Assembleia Geral da ONU antes de concluir em 2024 um projeto de resolução em nome do G77 e da China de uma reunião de alto nível sobre ciência, tecnologia e inovação.
Esta última previsão a ser realizada em setembro de 2025, precisamente. Essa Reunião deveria acordar passos práticos para garantir que a ciência, a tecnologia e a inovação contribuíssem para acelerar os progressos na aplicação plena da Agenda 2030 e da Agenda de Ação de Adis Abeba.
Propôs institucionalizar a celebração das Cúpulas de Líderes do G77 e China no marco das Conferências de Estados Parte da Convenção Marco das Nações Unidas sobre a Mudança Climática.
Esta iniciativa, materializada pela primeira vez na 28 Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (COP28), celebrada no ano passado em Dubai, Emirados Árabes Unidos, demonstrou sua pertinência e valia. Facilitaria a ação concertada do nosso Grupo nas futuras negociações climáticas.
Por último, realizar na segunda metade do ano uma Feira de Ciência, Tecnologia e Inovação do Sul, para mostrar os avanços dos membros nestas esferas, promover projetos de pesquisa conjuntos e propiciar encadeamentos produtivos que reduzam a dependência dos mercados ocidentais.
Este, considerou, poderia ser o marco propício para trazer estratégias que revitalizassem o Consórcio de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Sul (Costis), acordado na Cúpula de Havana.
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