A manifestação e a paralisação dos trabalhos convocada pela Confederação Geral do Trabalho têm como lema “A Pátria não se venda” e ocorrem 45 dias depois do início do mandato do presidente Javier Milei.
Apesar de um protocolo contra protestos implementado pela ministra da Segurança, Patricia Bullrich, os cidadãos saíram às ruas com bandeiras e palavras de ordem contra um plano de ajuste, um decreto de necessidade e urgência e um pacote de leis apresentado por Milei.
“Senhora ministra, se não te impedir a greve, a nós não impedirão os cassetetes. E se você fala de cúmplices e corruptos, é melhor olhar para aqueles que hoje compõem o seu governo, que nos fraudaram com o Fundo Monetário Internacional para escapar de 45 bilhões de dólares, condenando nosso povo à pobreza”, afirmou o secretário-geral da ATE, Rodolfo Aguiar, em resposta a publicação da Bullrich.
Por outro lado, Aguiar afirmou que os níveis de participação na manifestação correspondem ao grave impacto que estão a sofrer todos os direitos adquiridos pelos trabalhadores do Estado.
“Não há dúvida de que a partir do meio-dia as mobilizações serão massivas em todo o país”, afirmou.
Da mesma forma, informou que na tarde desta terça-feira um helicóptero da Polícia Federal sobrevoou a sede da ATE durante meia hora.
“Apesar das ameaças e tentativas de intimidação que sofremos, eles não nos impedirão de exercer o nosso direito constitucional de protestar”, disse ele.
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