Atualmente, apenas dois hospitais oferecem serviços médicos e cirúrgicos de emergência avançados para os mais de dois milhões de habitantes de Gaza, informou o CICV em um comunicado.
O Complexo Médico Nasser e o Hospital Europeu de Gaza, ambos localizados no sul do enclave, são os únicos centros de referência que oferecem esses serviços, o que é insuficiente para o grande número de feridos.
A agência enfatizou que os hospitais no território estão superlotados com feridos, doentes e refugiados, enquanto faltam suprimentos médicos, combustível, alimentos e água.
A agência internacional de ajuda humanitária observou que mais duas instalações correm o risco de serem perdidas devido aos combates, incluindo o Hospital Al-Amal, na cidade de Khan Yunis, ao sul.
A lei humanitária internacional determina que todas as partes envolvidas no conflito devem respeitar e proteger totalmente a infraestrutura médica, disse William Schomburg, chefe do escritório do CICV em Gaza. O impacto cumulativo sobre o sistema de saúde é devastador”, disse ele, pedindo uma ação urgente.
Se as poucas instalações abertas atualmente deixarem de funcionar, o mundo testemunhará milhares de mortes evitáveis, dado o tamanho da população, as condições de vida terríveis atuais, o colapso do sistema de saúde e a intensidade dos combates, disse o CICV.
O Comitê pediu às partes envolvidas no conflito que “garantam a segurança dos hospitais e das pessoas que os frequentam, incluindo os profissionais de saúde, os feridos e os doentes”.
Também pediu o reabastecimento oportuno dos itens necessários para o funcionamento dessas instalações, como medicamentos, combustível, alimentos e água.
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