A cruzada vai contra a obrigação constitucional do Estado venezuelano de estabelecer uma política abrangente, nas áreas de fronteira terrestre, insular e marítima, para preservar, por meio das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas, sua integridade territorial, soberania nacional e a defesa da pátria, afirmou.
Essa campanha, disse, não passa de “um ardil” para fugir da responsabilidade que lhe corresponde, tendo em vista as declarações escandalosas de seu presidente, Alistair Routledge, que, além de substituir a soberania da Guiana, ousou fazer julgamentos ameaçadores.
O texto assinalou que “se alegra com a presença de potências militares em um mar não demarcado”, onde receberam concessões ilegais de petróleo, algumas delas localizadas em uma área marítima “incontroversamente venezuelana”.
A Venezuela deixa claro para a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) que as ações da Exxon Mobil e do governo da Guiana “violam os princípios fundamentais do direito internacional e constituem uma agressão que busca desestabilizar a região”, disse ele.
Ele observou que isso viola os recentes acordos firmados em Argyle, São Vicente e Granadinas, e que se soma à constante retórica provocativa, acompanhada de declarações recorrentes dos porta-vozes do Departamento de Defesa dos EUA e do Comando Sul dos EUA, que se instalaram permanentemente na Guiana.
A República Bolivariana reserva-se o direito de tomar medidas diplomáticas e todas as ações no âmbito do direito internacional para fazer valer seus direitos e insta a Guiana a assumir seus compromissos, especialmente aqueles contidos no Acordo de Genebra de 1966.
O único instrumento válido entre as partes para encontrar uma solução para a disputa territorial entre os dois países, destacou o comunicado.
Em 14 de dezembro do ano passado, os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e Irfaan Alí, da Guiana, realizaram uma reunião em Argyle e emitiram uma declaração conjunta na qual se comprometeram com a paz e a coexistência pacífica entre os dois Estados.
Essa reunião foi promovida pelas presidências da Celac e da Comunidade do Caribe, e contou com o apoio das Nações Unidas, do governo brasileiro e de outras autoridades da região.
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