Há exatos 150 anos, aquele aqui conhecido como Pai da Nação perdeu a vida durante um combate desigual contra as tropas colonialistas espanholas na cidade de San Lorenzo, na Sierra Maestra, no leste de Cuba.
Advogado de profissão e proprietário de terras, Céspedes libertou seus escravos na fazenda La Demajagua, onde hoje é a província oriental de Granma, em 10 de outubro de 1868 e os convidou à independência ou à morte para iniciar a guerra de libertação contra a Espanha.
Com a patente de major-general do Exército de Libertação, assumiu a presidência da República em Armas em abril de 1869.
Ele traçou estratégias para levar a guerra a todo o país com base numa cruzada de leste a oeste, com o objetivo de destruir a riqueza de Espanha para minar as suas fontes de sustento e finalmente conquistar a soberania nacional.
Embora a disputa tenha fracassado, teve um profundo carácter anticolonial, pois defendia um projeto político oposto às ideias reformistas e anexionistas para alcançar, simultaneamente com a independência, a abolição total da escravatura.
Tensões e desentendimentos com a Câmara dos Deputados levaram à deposição de Céspedes em 27 de outubro de 1873.
Segundo historiadores da ilha, o depoimento foi o prelúdio de sua morte porque o privaram de assistentes e escolta e, ao mesmo tempo, obrigaram-no a ir para a saga governamental.
Privado injustamente da escolta que lhe correspondia devido à sua elevada posição, caiu em 27 de fevereiro de 1874 numa emboscada perpetrada pelo Batalhão de Caçadores de San Quentin, da qual se defendeu apenas com um revólver. O povo cubano nomeou-o Pai da Nação pelo seu papel de liderança nas lutas pela independência e porque quando recebeu a notícia da sentença de morte do seu filho mais novo e foi chantageado para depor as armas se quisesse salvá-lo, ele expressou: Oscar não é meu único filho: sou o pai de todos os cubanos que morreram pela Revolução.
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