No aeroporto internacional 4 de fevereiro, nesta capital, foi recebido pelo ministro angolano dos Negócios Estrangeiros, Téte António, juntamente com outros membros do corpo diplomático.
Tshisekedi deve abordar questões relacionadas com o conflito com grupos armados como o Movimento 23 de Março (M23), que recebe ajuda do Ruanda, pelo qual a RDC considera aquele país vizinho como seu agressor.
No dia 22 de fevereiro, num discurso, o presidente congolês anunciou esta visita a Angola e reconheceu o papel de Lourenço como mediador da UA.
Referiu-se então à reunião convocada pelo chefe de Estado angolano no âmbito da Cimeira da UA em Adis Abeba, Etiópia.
A este respeito, disse que os confrontou com os seus adversários ruandeses, que continuam com “as suas habituais manipulações e mentiras”, e acrescentou que embora a referida reunião não tenha produzido quaisquer resultados, Lourenço propôs outra reunião separada.
“Se tudo correr bem, na terça-feira, dia 27 de Fevereiro, o presidente angolano, mediador nomeado pela UA nesta crise injusta que nos foi imposta pelo nosso vizinho, irá receber-me em Luanda”, afirmou.
No dia 16 de Fevereiro realizou-se uma mini cimeira de países africanos, convocada pelo presidente angolano, onde foi discutido o regresso a um diálogo construtivo e reconciliador entre a RDC e o Ruanda.
Os participantes defenderam também o cessar-fogo, a retirada imediata do M23 das zonas ocupadas e o lançamento do processo de acantonamento daquele grupo armado.
Na reunião Lourenço insistiu em conversas entre Tshisekedi e o seu homólogo ruandês, Paul Kagame, se possível diretamente, porém, durante a reunião ambos os líderes, sentados em extremos opostos da sala, não se cumprimentaram.
O Presidente angolano também falou separadamente no dia 17 de Fevereiro com os seus homólogos da RDC e do Ruanda para tentar avançar no processo de pacificação, atualmente em risco devido ao agravamento dos confrontos militares.
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