Abinader admitiu durante sua apresentação de contas à nação no Dia da Independência Nacional que a violência de gênero é um tema preocupante, e disse que não gostaria de terminar seu mandato com essa dívida para com as mulheres e o país.
Um dos tópicos que o presidente deveria abordar na terça-feira era exatamente esse, já que no ano passado houve 51 feminicídios no país caribenho, de acordo com os números oficiais.
Em uma fala de quase duas horas, Abinader disse que “se há algo que nos preocupa na área da desigualdade entre homens e mulheres é a violência de gênero, um fenômeno estrutural e sistêmico que afeta toda a sociedade”.
Ao mesmo tempo, ele disse que o Ministério da Mulher, em coordenação com outras instituições públicas e privadas, no ano passado atendeu mais de dois milhões de pessoas que necessitavam de assistência jurídica e psicológica, resgate e proteção.
Diante dessa realidade vivida pelas mulheres dominicanas, que frequentemente aparece nas manchetes da mídia, o governador citou algumas medidas para combater essa situação, como a extensão da linha de emergência 212 a todo o território nacional para o resgate de mulheres e suas famílias em risco.
Mais tarde, ao enfatizar que a autonomia econômica das mulheres é um pilar para seu bem-estar e para o desenvolvimento da nação, ele destacou que o governo central promove e fortalece suas capacidades por meio de treinamento técnico “para que elas possam desenvolver ideias de negócios, empreendedorismo e se inserir com mais sucesso no mercado de trabalho”.
Pelo menos 51 mulheres morreram no país em 2023 como resultado da violência em suas diferentes manifestações, o que coloca o país em segundo lugar no continente com o maior número de casos.
Analistas concordam que, para erradicar o problema, é necessário fornecer o sistema judiciário e alocar mais recursos estatais para a prevenção e o enfrentamento de atos de força.
Isso inclui o desenvolvimento de programas abrangentes de atendimento às vítimas, campanhas de conscientização e a consolidação das instituições encarregadas de garantir igualdade e proteção a esse grupo da população.
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