O período de inscrições estará aberto até 4 de março e a fase de proselitismo decorrerá de 7 a 18 de abril, conforme calendário aprovado.
Diferentes forças políticas começam a tomar posições em relação ao processo consultivo e já se manifestaram a favor, incluindo o movimento Construye (Constrói), o Partido Social Cristão e a organização Creo (Acredito).
Entretanto, outros grupos, como a Revolução Cidadã, consideram a proposta de Noboa errática e desnecessária, uma vez que abrange questões que podem ser tratadas na legislatura sem ter que realizar o processo, que custará ao Estado 60 milhões de dólares.
Na noite de terça-feira, a CNE convocou oficialmente mais de 13 milhões de equatorianos às urnas.
O eleitor deverá responder Sim ou Não a cada uma das 10 questões propostas pelo presidente, além de outra questão sobre a participação das Forças Armadas em ações contra a insegurança de forma permanente.
As questões que implicariam modificações na Carta Magna estão relacionadas com a eliminação da proibição de extradição do povo equatoriano e a incorporação de judiciários especializados em questões constitucionais.
Procuram também aprovar autorizações para arbitragem internacional entre o Estado e os presos, bem como a incorporação de contratos de trabalho por hora e por prazo determinado.
Da mesma forma, outras questões visam reformas nas leis atuais sobre o controle de armas e munições pelas Forças Armadas, classificação de crimes por posse de armas e aumentos nas penas para terrorismo ou crime organizado.
Os analistas consideram que para o presidente, a consulta procura gerar legitimidade para a sua política de segurança que, se for bem-sucedida, poderá catapultá-lo nas suas intenções de concorrer a um novo período de quatro anos nas eleições de fevereiro de 2025.
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