No meio da escalada dos bandos organizados, o Secretário-Geral, António Guterres, reiterou o seu apelo ao Governo e a todas as partes interessadas para que tomem medidas imediatas para fazer avançar o processo político que conduzirá às eleições.
Além disso, apelou a uma ação internacional urgente, incluindo o apoio financeiro imediato à missão de Apoio à Segurança Multinacional, que é desesperadamente necessária para resolver a insegurança na nação caribenha.
A organização confirmou que participará do encontro organizado pela Comunidade dos Estados do Caribe (Caricom) agendado para segunda-feira em Kingston, Jamaica.
A Chefe de Gabinete Courtenay Rattray participará da reunião junto com vários parceiros internacionais, para obter apoio à restauração das instituições democráticas no Haiti no menor tempo possível.
Entretanto, as atividades humanitárias são limitadas pelo pouco acesso no meio da violência.
De acordo com a atualização mais recente, a equipa da ONU na capital haitiana garantiu que a proteção e os serviços contra a violência de género foram reduzidos ou suspensos por razões de segurança e acesso.
Se a violência continuar na área metropolitana de Porto Príncipe, cerca de três mil mulheres grávidas poderão ver negado o acesso a cuidados médicos essenciais, alertou o porta-voz do secretário-geral, Stéphane Dujarric.
A comunidade humanitária reiterou esta semana o apelo a todas as partes para que permitam o acesso seguro e desimpedido a todas as pessoas necessitadas, de acordo com os princípios e padrões humanitários.
O aumento coincide com os atrasos na implementação da Missão Multinacional autorizada pelo Conselho de Segurança desde Outubro, numa tentativa de restaurar a lei e a ordem no país.
Apesar dos progressos alcançados pela recente assinatura de um acordo entre o primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry, e as autoridades quenianas, ainda não está definido o início das operações que poderão ser lideradas por aquela nação africana.
A ONU estima que cerca de 5,5 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária, o equivalente a metade da população do Haiti.
Entretanto, o apelo das Nações Unidas para angariar 674 milhões de dólares este ano para o país caribenho é financiado apenas em 2,5%.
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