O anúncio do Eliseu foi feito depois que o presidente Macron conversou por telefone no dia anterior com seu colega ucraniano Vladimir Zelensky, a quem reafirmou o apoio e prometeu aumentar a assistência militar para o conflito em andamento.
De acordo com o lado francês, a conversa girou em torno da materialização dos acordos da conferência de alto nível para impulsionar o apoio a Kiev contra a Rússia, que o líder francês organizou em Paris, onde foram estabelecidas cinco linhas de ação, incluindo defesa cibernética, desminagem e coprodução de armas na Ucrânia.
O fórum realizado em 26 de fevereiro representou uma escalada de tensões, pois além do compromisso de Macron com a entrega de bombas e mísseis de médio e longo alcance, pela primeira vez ele mencionou a possibilidade de enviar tropas para a linha de frente, uma posição da qual seus aliados ocidentais se distanciaram e que foi condenada pela oposição na França.
Zelensky agradeceu o apoio de Paris nas mídias sociais, em meio a um cenário em que a propagação da guerra parece mais próxima do que a busca por uma solução negociada para as hostilidades, mais uma vez solicitada ontem pelo Papa Francisco.
O papa pediu à Ucrânia que tivesse a coragem de “levantar uma bandeira branca” e negociar a paz, um apelo rejeitado por Zelensky.
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