A sessão parlamentar programada para começar à tarde incluirá uma votação não vinculativa dos parlamentares, com foco em como eles veem o acordo de segurança assinado em 16 de fevereiro em Paris pelos presidentes Emmanuel Macron e Volodymyr Zelensky.
A controvérsia gira em torno da posição de Macron de descartar quaisquer limites ou linhas vermelhas em seu apoio à Ucrânia, chegando ao ponto de evocar, no final de fevereiro, no contexto de uma conferência para aumentar a ajuda militar a Kiev, a possibilidade de enviar tropas para a linha de frente, uma abordagem da qual seus aliados ocidentais se distanciaram e que a oposição francesa criticou.
O presidente da Agrupación Nacional (RN), Jordan Bardella, anunciou que essa força – identificada como de extrema direita – se absterá.
Bardella disse à France2 que o partido liderado por Marine Le Pen, líder nas pesquisas para as eleições europeias de junho, concorda com o apoio à Ucrânia, mas se recusa a entrar em guerra com a Rússia.
Ele também destacou a recusa da RN em aprovar a adesão da Ucrânia à UE ou à OTAN.
Por sua vez, o coordenador do La France Insoumise (LFI), Manuel Bompard, disse ao LCI que seus deputados discutirão sua posição antes do debate na Assembleia Nacional.
No entanto, ele esclareceu que sua opinião é contrária à visão do governo sobre o conflito e descartou que a força política liderada por Jean-Luc Mélenchon apoie o executivo em sua escalada, que atingiu seu auge quando Macron mencionou o possível envio de tropas.
O LFI pediu negociações para acabar com a guerra, e é de se esperar que na sessão parlamentar de hoje ele seja rotulado, juntamente com o RN, como fraco e pró-russo pelo partido governista.
Outro líder que se posicionou foi o líder do Partido Socialista, Olivier Faure, que apoiou “a residência da Ucrânia contra um adversário, a Rússia, que nunca foi um parceiro confiável”.
lam/wmr/bm