Em 1º de março, a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) revisou e ratificou seu Plano de Segurança Alimentar, Nutrição e Erradicação da Fome para o período 2024-2030, disse Lubetkin.
Em sua opinião, a 8ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da CELAC, realizada recentemente em São Vicente e Granadinas, endossou importante contribuição que a região poderia fazer para acelerar o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Como ele lembrou, as estimativas da FAO mostraram que, em 2022, 6,5% da população da região sofria de fome, o que representava 2,4 milhões de pessoas a menos do que em 2021.
Mas a situação na região, ressaltou, “continua crítica”, com a fome continuando a afetar 43,2 milhões de pessoas.
Ao mesmo tempo, o acesso limitado a recursos e serviços, a pobreza, as consequências da pandemia de Covid-19, os conflitos e os desastres relacionados ao clima, entre outros fatores, têm afetado os ecossistemas dos quais dependem a produção de alimentos e os meios de subsistência das comunidades agrícolas, ele argumentou.
Esses fenômenos, segundo ele, “ameaçam os esforços para garantir a segurança alimentar, a nutrição e a sustentabilidade dos sistemas agroalimentares”.
Nesse cenário, o plano Celac “constitui uma iniciativa concreta, refletida em uma resposta unânime de mais de trinta países, que, em nível ministerial, concordaram com a atualização desse documento para enfrentar o desafio da fome e da insegurança alimentar”, disse o diretor regional da FAO.
Estruturado em quatro pilares, o texto inclui uma base conceitual que orientará os países com relação a marcos legais, produção sustentável, acesso a dietas saudáveis e sistemas agroalimentares que sejam resistentes às mudanças climáticas, disse ele.
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